Por André Delacerda
Os anos se passaram, a modernidade das aeronaves chegou, o Santos Dumont passou por reformas, companhias aéreas tradicionais se foram para tristeza e saudades de nos cariocas.
Quem não se lembra do orgulho nacional a Varig, ou de sua subsidiária que levava uma referência do Rio em seu nome, a Rio-Sul. Só restaram lembranças dessas voadoras que riscavam os céus do Rio para São Paulo e vice-versa com seu balé aéreo, movimentando o que foi a primeira ponte-aérea do mundo. Os anos se passaram e muita coisa mudou na cinquentona que perdeu seus traços originais.
De 6 de julho de 1959 quando foi lançada pelo consórcio das companhias Varig, Cruzeiro do Sul e Vasp, a Ponte Aérea além de não contar com suas fundadoras, perdeu também a sua estrela principal, o charmoso Electras que faziam o percurso em 50 minutos e tinham a capacidade para 89 passageiros.
No que tange os preços a Ponte Aérea também mudou, antes os valores eram padronizados, não havia uma concorrência das companhias, já que era um consórcio com vôos escalonados, e também havia um item importante, o passageiro que comprasse um bilhete da Ponte Aérea poderia usar em qualquer umas das concorrentes, e em caso de perca do vôo, não pagava multa, poderia seguir no vôo próximo.
Quem sabe um dia não possamos ver resgatado os traços originais da Ponte Aérea, as tarifas melhorem. E quem sabe também, uma aeronave Electra não possa voltar ao Santos Dumont como equipamento para vôos turísticos. Fica aqui a sugestão.