A Semana na Câmara: De Pedro Paulo a projetos para educação

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Palácio Pedro Ernesto por Fernando Dall'Acqua

LEI PARA TODOS

Na última terça-feira, os vereadores acordaram inspirados e foram ao Plenário para discursar. Um dos discursos foi da Vereadora Tânia Bastos (PRB), que criticou duramente a posição do Secretário Pedro Paulo (aquele, que bateu na ex-esposa e que o Eduardo Paes quer que seja Prefeito).

Segundo Bastos, “a lei Maria da Penha é igual para todos e o secretário deve ser julgado como qualquer cidadão”. Agora falta o Prefeito Paes parar de proteger o pupilo para que ele responda na Justiça, como já deveria ter sido feito há anos.

POR FALAR EM PP

Nos corredores da Câmara não se fala em outra coisa: a candidatura de Pedro Paulo já está com os dias contados, falta apenas arranjar um novo substituto.

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O principal nome? Ou Sérgio Cabral, ou Carlos Roberto Osório. Façam suas apostas!

NO PALCO DA DEMOCRACIA

A Cinelândia é conhecida por ser um ambiente democrático, que congrega diversas matizes ideológicas, até mesmo por ser o endereço da Câmara Municipal.

Talvez por isso mesmo que os autoritários de plantão se colocaram lá na quinta-feira para defender a volta da ditadura militar. Duvida? Olha na foto aqui embaixo.

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AO FERIADO!

Como ninguém é de ferro, o feriado começou mais cedo para nossos parlamentares. Correu na boca miúda que o governo queria apenas correr com a votação do Orçamento de 2016, para ficar dentro do cronograma. Depois disso, os vereadores que decidissem o que fazer.

Bom, absolutamente nada além disso foi votado ou discutido e a sessão caiu por “falta de quórum” logo na terceira votação do dia.

MAIS MATÉRIAS

Preocupados com uma educação de qualidade das nossas crianças, os vereadores Rafael Aloisio Freitas (PMDB), Jimmy Pereira (PRTB) e Marcelo Piuí (PHS).

Os dois primeiros fizeram um Projeto de Lei incluindo na grade curricular das escolas municipais a educação financeira, enquanto Piuí quer o ensino de cidadania e ética nas salas de aula.

MAIS CLÍNICAS

Este ano a Câmara economizou R$ 100 milhões e pretende doa-los para o Tesouro Municipal, com a intenção da Prefeitura construir mais Clínicas da Família. Uma atitude louvável e de acordo com os interesses do cidadão carioca.

Acontece que no ano passado a Casa fez exatamente a mesma coisa e a Prefeitura não conseguiu aplicar nem metade de todo esse dinheiro. Além do mais, foi exigido um relatório periódico sobre a construção das tais Clínicas, para acompanhamento parlamentar e, claro, transparência do uso do dinheiro público.

Infelizmente este relatório nunca foi elaborado. Ou seja, além do Prefeito Eduardo Paes não ter conseguido construir as Clínicas em quantidade suficiente (falta de gestão? De dinheiro, definitivamente, não é), tampouco se sabe o que foi feito com mais de R$ 50 milhões… Estão parados no cofre? Foi para outra coisa?

Enquanto isso, o Palácio Pedro Ernesto, joia arquitetônica, histórica e cultural e nossa cidade está caindo aos pedaços, necessitando urgentemente de uma restauração.

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Após 40 anos de jornalismo cultural, decidi me focar no meu hobby: a política carioca. Aproveitando a aposentadoria, me dedico a escrever esta coluna semanal sobre os bastidores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O que os grandes jornais não mostram.
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