No ano 1820, Francisco José Pereira Rego comprou terras em uma área entre o Caminho da Matriz e o Morro da Penha. Nesta região, aproveitando o terreno de barro vermelho, Francisco e seus familiares passaram a instalar diversas olarias, que fabricavam tijolos e outros objetos de cerâmica para atender os moradores daquela região, que crescia bastante.
Muitas das construções da Zona Norte, neste período, levavam tijolos feitos nas olarias da região que futuramente viria a ser o Bairro.
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Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário da Cidade do Rio de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis apoia construções e iniciativas que visam o crescimento da Cidade Maravilhosa sem que as características mais simbólicas do Rio se percam.
O negócio foi crescendo e chegando a compradores em outras partes da cidade do Rio de Janeiro. Isso despertou os olhares de profissionais do ramo, que logo instalaram suas olarias na mesma área, que passou a ser chamada de “Região das Olarias”.
“Duas famílias foram pioneiras em Olaria: a dos Rego e a dos Nunes. Por volta de 1900, eram grandes proprietários na região João Gualberto Nabor do Rego (o Noca), o Barão de Monte Castelo, o Visconde de Morais, Luiz Pacheco e Custódio Nunes”, destaca Robson Letiere, autor do livro Rio Bairros.
Noca Rego abriu muitas ruas com nomes de sua família na região onde hoje fica o bairro de Olaria, como a Leopoldina Rego, Antonio Rego, entre outras.
Por sua vez, Custódio Nunes conseguiu permissão da prefeitura para abrir um abatedouro de bois, em sociedade com Quincas Leandro, que daria origem ao Matadouro da Penha – 1910. O nome do espaço era “Invernada de Olaria”.
Em 1917, enquanto o bairro se desenvolvia normalmente, a Estação Olaria – que chegou a se chamar Pedro Ernesto – foi inaugurada. Isso colaborou ainda mais para o desenvolvimento da região.
Dois anos antes, em 1915, surgiu o Olaria Football Club (depois Olaria Atlético Clube). O estádio, concluído em 1947, fica na Rua Bariri e é um dos principais destaques do Bairro.
A construção da Avenida Brasil facilitou ainda mais a integração de Olaria com o restante da cidade. Todavia, há quem defenda que este traçado acabou destruindo importantes vestígios da história preexistente do bairro.
No auge dos cinemas de rua na cidade do Rio de Janeiro, o bairro de Olaria contava com diversas salas, como Cinema Santa Helena, Cinema Rosário, Cinema Oriente, Cinema São Geraldo, entre outros.
No ano 1945, no governo Vargas, foi construído o conjunto residencial do IAPC (Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários) um marco na história do bairro de Olaria.
“A denominação, delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985 e pela Lei N° 2.055 de 9 de dezembro de 1993, que delimita a R.A. e o Bairro do Complexo do Alemão e pela Lei N° 2.119 de 19 de janeiro de 1994 que cria o bairro da Maré”, explica Robson Letiere.
Hoje em dia, Olaria continua sendo um importante bairro da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, com seu passado, presente e futuro pela frente.