A Breve história do estado da Guanabara

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp

O estado da Guanabara existiu por 15 anos. No entanto, muita coisa aconteceu antes e depois desse momento histórico para o Rio de Janeiro e para o Brasil.

Alguns anos após a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil (1808), em 1834, a cidade do Rio de Janeiro foi transformada no Município Neutro da Corte, permanecendo como capital do Império do Brasil. Com isso, Niterói passou a ser a capital da província do Rio de Janeiro.

[iframe width=”100%” height=”90″ src=”https://diariodorio.com/wp-content/uploads/2015/05/superbanner_66anos.swf-3.html”]
Com mais de sessenta anos de tradição no mercado imobiliário da Cidade do Rio de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis aprova construções e iniciativas que visam o crescimento da Cidade Maravilhosa e de sua população.

Depois da Proclamação da República, em 1889, a cidade se transformou em capital do Brasil, o município neutro virou distrito federal e a província do Rio de Janeiro se tornou um estado.

Advertisement

Os anos passaram e o término da Era Vargas (em 1945) somado ao surgimento de uma nova fase política com o presidente Juscelino Kubitschek – meados dos anos 1950 – mudaram as coisas no Rio de Janeiro. A construção de Brasília representava uma queda nos interesses da elite carioca. O Rio deixaria de ser o centro das decisões políticas do Brasil.

José Sette Câmara Filho, último prefeito do Distrito Federal e primeiro governador da Guanabara
José Sette Câmara Filho, último prefeito do Distrito Federal e primeiro governador da Guanabara

Entretanto, a mudança não foi de todo mal: “É interessante, o carioca respirou um pouco aliviado. Porque realmente a capital aqui não rendeu muitos bons frutos para o Rio de Janeiro. Era uma cidade com problemas de infraestrutura gravíssimos. Os prefeitos mudavam conforme os presidentes da República, não havia eleição pra prefeito então os programas públicos ficavam ao bel prazer dos governantes. A mudança significou perda de status político, mas início de uma era de autonomia. No fundo, no fundo, o Rio demorou para deixar de lado os ares de capital. Decidiu se manter separado das outras cidades, virando o estado da Guanabara. O grande medo, no entanto, girava em torno do esvaziamento econômico, o que acabou acontecendo”, conta o historiador Milton Texeira .

Primeira página do Jornal do Brasil no nascimento de Brasília e do Estado da Guanabara
Primeira página do Jornal do Brasil no nascimento de Brasília e do Estado da Guanabara

Com a definitiva mudança da capital para Brasília, em 21 de abril de 1960, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se o estado da Guanabara. O restante do estado seguiu como estado do Rio de Janeiro. A Guanabara foi o único caso no Brasil de uma cidade-estado, até hoje, só Brasília, na condição de distrito federal teve um status parecido.

Em 1974, durante a presidência do general Ernesto Geisel, foi decidido que a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro deveria ser realizada. Isso se concretizou no dia 15 de março de 1975. Também foi definida a manutenção da denominação de estado do Rio de Janeiro, com a cidade do Rio voltando a ser a capital fluminense.

 O jornal Diário de Notícias do dia 15/3/1975 noticiou mudanças no funcionamento da estrutura administrativa do estado em razão da fusão (Crédito: Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro)
O jornal Diário de Notícias do dia 15/3/1975 noticiou mudanças no funcionamento da estrutura administrativa do estado em razão da fusão (Crédito: Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro)

Nessa época, houve uma polêmica porque a população carioca e fluminense não foi consultada para essa fusão. Mas depois que notaram que essa junção seria melhor, sobretudo economicamente, para todos, a briga acabou”, destaca o historiador Maurício Santos.

Carlos Lacerda
Carlos Lacerda

Nesse período de 15 anos, entre 1960 e 1975, o estado da Guanabara foi governada por José Sette Câmara Filho (1960), Carlos Lacerda (1961 a 1965), Negrão de Lima (1965 a 1970) e Antônio de Pádua Chagas Freitas – 1970 a 1975.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp A Breve história do estado da Guanabara
Advertisement

16 COMENTÁRIOS

  1. Rio de Janeiro, mal consegue resolver seus problemas de infra estrutura, segurança, e ainda que abrigar uma capital federal? Tá de sacanagem, né Sr. Zero um. srsrs

  2. Observe-se que essa é a percepção bolsonarista da história do Rio. Coisa de gentye que não foi para a escola e que se informa apenas pelas duas linhas do Zap. Só quem não desce do palanque mantém uma narrativa dessa. Brizola não dava colher de chá a vagabundo, mas não aceitava sacanagem e covardia contra os trabalhadores, o que era comum no Rio. Brizola não engolia milicianos, bicheiros e esquadrões da morte. Brizola deu moral ao povo, ao belíssimo processo civilizatório do Rio, que orgulha o Brasil.

  3. Até hoje o Brasil não se recuperou da transferencia da capital para Brasília, pois isso isolou os deputados e senadores e os ministros do STF da opinião pública.
    Brasília é uma ilha da fantasia, onde políticos governam em prol de seus próprios interesses e de costas para os brasileiros.
    Os políticos nunca fariam tantas asneiras se estivessem sendo cobrados diariamente pelos cidadãos.

    • Brizola destruiu o Rio de Janeiro.
      Foi eleito com recursos do narcotráfico.
      Assim que assumiu o poder, proibiu a polícia de subir nos morros.
      Com isso os traficantes do Rio passaram a governar seus territórios com total autonomia, criando verdadeiros exércitos armados com fuzis e outras armas privativas das forças armadas.
      O Rio nunca mais se recuperou.
      O pior é que, graças ao lulopetismo, esta política se expandiu para o restante do país. Hoje vemos os bandidos usando armas mais potentes que as da polícia ou do exército, e amigos dos traficantes ocupando posições de destaque na política nacional.
      Veja como exemplo o Aécio Neves, que quase chegou a presidente, e o Freixo e o Boulos, do PSOL.

      • Observe-se que essa é a percepção bolsonarista da história do Rio. Coisa de gentye que não foi para a escola e que se informa apenas pelas duas linhas do Zap. Só quem não desce do palanque mantém uma narrativa dessa. Brizola não dava colher de chá a vagabundo, mas não aceitava sacanagem e covardia contra os trabalhadores, o que era comum no Rio. Brizola não engolia milicianos, bicheiros e esquadrões da morte. Brizola deu moral ao povo, ao belíssimo processo civilizatório do Rio, que orgulha o Brasil.

      • Concordo plenamente com tudo que o amigo mencionou. Esta malfadada (para não colocar algo pior) desta fusão só serviu para arruinar a cidade do Rio de Janeiro e, por tabela, a vida do carioca. E os fluminenses também não saíram ganhando, o empobrecimento aumentou e muito. O desenvolvimento por eles tão sonhado não passou de história da carochinha.
        A fusão não passou de uma vingança sórdida do governo militar especialmente contra os cariocas, os quais em sua maioria nunca aceitaram seus critérios muitas vezes injustos e imorais.

      • E o Seu mito bolsonaro Fez o que Até Agora Para Minimizar o Avanço Bélico dos Traficantes e Milicianos!?? Liberar Importação de armas que Serão Repassadas à Eles!!!??? É Isso Que Ele tá Fazendo!!!1 Armando Cada Dia Mais Essas Duas Modalidades de Criminosos!!!!!!!

  4. carioca=casa de branco, na linguagem tupi guarani.
    os verdadeiros cariocas são os que nasceram entre a Gloria e botafogo.
    Quando os portugueses aportaram neste lugar assim foram chamados pelos índios.

    att,
    Ascânio.

  5. O destino do Rio não é ser, como muitos dizem. um estado como a Guanabara, o destino desta cidade é ser o Distrito Federal, enquanto isso não acontecer o Brasil não irá decolar, seria tipo o caso do Botafogo que enquanto não voltou para o mourisco não conseguiu ser campeão de novo, e depois que voltou conseguiu o título casrioca.

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui