Embora seja uma ideia muito recente, o Cata Ciência é muito promissor. O projeto, que surgiu este ano, tem como idealizador e gerenciador o professor Luiz Felipe Santoro Dantas. A ideia é facilitar, através de plataformas digitais, o acesso à ciência.
Toda grande ideia tem um ponto de partida. Luiz Felipe conta como foi o do Cata Ciência: “Surgiu no programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências da Natureza da Universidade Federal Fluminense (PPECN – UFF), no qual desenvolvi o projeto na linha de pesquisa em Divulgação Cientifica, intitulado ‘Desenvolvimento de aplicativo gratuito de busca para a Divulgação de Museus e Centros de Ciências do Estado do Rio de Janeiro’. Esse gosto pela divulgação científica começou no início da faculdade (2010) de Licenciatura em Química também na UFF, onde trabalhei durante três anos como mediador de um Centro de Ciência da UFF, a Casa da Descoberta. Percebendo a curiosidade e o despertar pela Ciência dos visitantes, principalmente das crianças, resolvi continuar estudando nessa área para ajudar a divulgar a Ciência de maneira ágil, fácil e intuitiva”.
Como a intenção é divulgar a ciência, nada como usar de artifícios que estão ao alcance das mãos das pessoas, como os celulares.
“Criamos o aplicativo Cata Ciência, totalmente gratuito, que tem como objetivo popularizar e difundir a Ciência através de buscas aos Centros e Museus de Ciências do Estado do Rio de Janeiro para o incentivo à Educação não formal. Assim, seus usuários (professores, alunos, curiosos e amantes da ciência) poderão acessar todas as principais informações e traçar suas melhores rotas em um só local. Tudo unificado, fácil, rápido e gratuito” disse Luiz Felipe Santoro Dantas.
Muito se fala que a população do Rio de Janeiro (de modo geral) não é muito de consumir cultura, conhecimento etc. Luiz Felipe tem uma opinião reflexiva sobre essa questão.
“Como professor, venho percebendo que as novas tecnologias de informações podem estar atrapalhando o prazer de consumir cultura, conhecimento, estudo… mas não podemos deixar de incluir essas novas tecnologias, pois elas estão reformulando as novas estratégias de ensino-aprendizagem, seja ela no nível básico ou superior. Os novos instrumentos tecnológicos como os computadores, smartphones e tablets podem ser usados com o propósito de aumentar a eficácia do ensino, cultura desenvolvendo na população o senso crítico, além da capacidade de investigação através de pesquisas pela internet” frisou.
Para o Cata Ciência sair do papel, inicialmente foi conseguido um apoio com a empresa “Leite com Pera”, que reduziu em 60% o orçamento total. Este parceiro está sendo responsável pela produção de todo o enxoval gráfico (logotipo, ícones, versões, imagens para divulgação, marketing digital, slogan, panfletaria e hot- site) e vídeo de divulgação.
No aplicativo estão presentes até o momento 53 Centros e Museus de Ciência do Estado do Rio de Janeiro, incluindo os que irão inaugurar em 2016 como: AquaRio Marinho do Rio de Janeiro, Museu do Amanhã e o Palácio da Ciência.
“A grande importância social de um projeto como o Cata Ciência é o incentivo à Educação não formal. Hoje em dia a educação não se restringe somente ao contexto escolar, sabe-se que o processo de ensino/aprendizagem ocorre tanto no ambiente formal quanto em ambiente não formal que é o caso de Centros e Museus de Ciências. Notamos que esses espaços estão voltados à inclusão científico-cultural, visto que colaboram para o aumento dos níveis de conhecimento científico, para a alfabetização científica e o despertar de novas vocações através de demonstrações e participações em experimentos” destaca Luiz Felipe.
Criar uma lista e mapas dos Centros e Museus de Ciências de todos estados do Brasil, incluir os principais Centros e Museus de Ciências da América Latina e que a aba – “Programação Especial” se torne umas das principais agendas nacionais de Ciências. Esses são os planos futuros do promissor projeto. Para quem começou tão bem, a chance de essas metas serem alcançadas em breve são grandes.
