Cidades Criativas Mundo à Fora

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Centro do Rio de Janeiro por Rodrigo Soldon

Hoje, muitas cidades do mundo, enfrentam períodos difíceis da transição entre a lógica industrial, baseado na produção em massa, e um novo modelo de desenvolvimento, caracterizado mais pela lógica do conjunto criatividade, cultura e inovação.

Embora a criatividade sempre tenha sido a alma das cidades, algumas com formas mais antigas de pensar, as cidades não acompanharam a velocidade da mudança. Outras, que acompanharam essa renovação com o pensamento de dinâmicas da cidade através de soluções criativas, trouxeram à tona o termo “Cidade Criativa”.

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Mesmo que a Cidade Criativa envolva diversos tipos de relações econômicas, sociais, e culturais diferentes, mas, dentro dessas são essas características tão próprias, que fazem das cidades tão diferentes, o termo, de forma resumida, pode ser dado ao conjunto de cidades em que a economia criativa é especialmente robusta.  Mas mesmo assim, cidades criativas apresentam, por características, alguns projetos símbolos que acabam dando marca a cidade, por isso, aqui iremos conhecer alguns como conheceremos a seguir:

Barcelona até hoje, é tida como exemplo de sucesso do legado Olímpico.  Durante a preparação para os jogos de 92, a cidade se reinventou resgatando sua orla em um novo Bairro e integrou os espaços urbanos densamente povoados com mais de 150 espaços verdes, fornecendo novas áreas de lazer para a população e iniciando uma fase de crescimento vertiginoso do turismo local. Assim como Bilbao, que entrou no mapa do turismo após a construção de um Museu que é mais conhecido pela sua arquitetura do que por suas obras em si.

Ainda no urbanismo espanhol, destaca-se Valência, que historicamente sofreu com  a inundação do rio Turia, que cortava por doze quilômetros a cidade. Para evitar danos causados pelas inundações, o Turia foi desviado em torno da cidade, e o antigo leito do rio se transformou em um parque urbano linear com parques infantis, equipamentos culturais, pistas esportivas restaurantes, cafés, ciclovias… Esse projeto deu à cidade um espaço verde entre as partes da cidade previamente separado pelo rio.

Outras cidades obtiveram sucessos na humanização de estacionamentos, áreas normalmente desvalorizadas da cidade. Por exemplo, em Stuttgart as entradas para os estacionamento subterrâneos foram cobertas com vegetação, criando a ilusão de cavernas naturais. Assim como Nice, no sul da França, que usou um de seus locais centrais como estacionamento, mas criou a ilusão de um jardim suspenso, o que torna o local uma obra de arte ambiental.

Em Paris, a pirâmide de vidro na frente do Louvre, apesar de criticada, é um dos pontos de referência da cidade e redefiniu a relação do Museu com o resto do capital francesa. Embora seja um hall de entrada, a pirâmide também é uma experiência independente, ao dar acesso a uma cidade subterrânea – com lojas, entradas de metrô e espaços públicos.

E, embora o conceito de desenvolvimento esteja historicamente relacionado às noções de modernidade e progresso e este, aos carros e indústria automobilística, muitas cidades repensaram seus sistema de transportes, e uma tendência que tem sido comum  é a “pedestrianização”, ou seja, incentivo ao não uso de carro, como visto em Groningen, na Holanda, Munique, Melbourne e Nápoles.

Aqui na América do Sul, talvez a experiência mais emblemática, tenham sido as Bibliotecas parques de Bogotá, que deram um novo dinamismo na relação entre a população carente e o conhecimento. Um modelo replicado inclusive aqui na cidade, com as Bibliotecas parques em locais específicos como Rocinha e Maré.

No Brasil, a cidade de Guaramiranga, no Ceará, multiplica sua população durante o carnaval, mas não por oferecer o atrativo comum desta festividade, mas por promover um festival de Blues & Jazz, para o público que foge do tradicional Axé, Samba e  Marchinhas.

Sem dúvidas, dentro das multidisciplinaridades da economia Criativa, o termos cidade criativa, pode abranger diversas  soluções para problemas tradicionais, e acredite, o Rio por vocação, está repleto delas. Mas para você, quais experiências de sucesso a cidade oferece, ou deve oferecer como ferramenta para gerar renda, emprego e desenvolvimento para a cidade?

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Diretor de Criação da MESA Comunicação e professor da ESPM - RJ. É graduado em Publicidade e Propaganda, Pós-Graduado em Marketing Digital e Mestrando em Gestão da Economia Criativa. É também apaixonado pelos seus filhos Théo e Sophia e pelo Rio de Janeiro.
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