2018 será o ano com mais feriadões do século, só no Rio de Janeiro serão 12 feriados com possibilidade de enforcar em 2018, 13 para estudantes e professores. No total, os sortudos que emendarão todos os feriados possíveis terão 36 dias de folga. Isso aí, mais de um mês. Mas se a notícia é boa para nós aqui, e para quem trabalha com turismo, o mesmo não vale para o comércio varejista do Rio de Janeiro.
De acordo com uma estimativa do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, a perda pode ser de R$ 4,8 bilhões em receitas de vendas no ano. Cada dia parado representa uma perda média de cerca de R$ 405 milhões.
Segundo o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, apesar dos acordos feitos entre o SindilojasRio e o Sindicato dos Empregados do Comércio permitirem as lojas abrirem, os feriados do ano e seus possíveis prolongamentos vão penalizar os lojistas, principalmente as lojas de rua que são as que mais sofrem, especialmente o centro da cidade que fica completamente deserto. Com os chamados “enforcamentos” há a possibilidade do cidadão folgar treze dias, incluíndo os sábados, considerado pelo varejo o melhor dia de vendas da semana.
“Não há dúvida que este excessivo número de dias parados prejudicará o comércio. São quase 30 dias (um mês) de vendas depreciadas. E não são apenas os empresários lojistas que perdem com isso. Perdem o governo que deixa de arrecadar impostos; os comerciários que deixarão de vender e também o próprio consumidor que não pode comprar. No caso dos comerciários, estimativa do Centro de Estudos do CDLRio mostra que eles podem perder até um salário no ano, um verdadeiro 14º jogado fora. Não somos contra os feriados em datas comemorativas – e até mesmo, quando possível, o adiamento deles. Mas somos a favor de que a sociedade civil organizada, empresários, líderes de classe e autoridades se sentem à mesa para discutir outras soluções que evitem tamanho desperdício”, conclui Aldo.