Não é só de reclamação e de prenúncios de catástrofe que vive as notícias sobre os Jogos Olímpicos Rio 2016. Uma pesquisa do CDLRio diz que o comércio o lojista espera vender mais 5% com os Jogos Olímpicos, expectativa que pode aumentar à medida que o desempenho do Brasil avance nas competições. Os pesquisadores ouviram 500 lojistas da Cidade do Rio de Janeiro;
Segundo a pesquisa mais de 70% dos empresários ouvidos disseram que artigos esportivos (camisas temáticas, calções, bonés, bolas, buzinas, bandeiras), calçados (especialmente tênis), brinquedos (bonecos alusivos aos Jogos Olímpicos) e artigos de decoração (papelaria) devem ser os produtos mais vendidos.
O presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, diz que os lojistas embarcaram no clima da Olimpíada. Segundo ele o comércio também espera vender a mercadoria que ficou encalhada na Copa do Mundo agora nas Olimpíadas. “Uma das vantagens é que diferente da Copa, onde as partidas foram realizados em todo o país, os jogos olímpicos se concentram no Rio de Janeiro, além de ser um público diferenciado“, diz Aldo.
Ainda de acordo com o presidente do CDLRio o fraco desempenho do Brasil na Copa do Mundo refletiu negativamente no comércio na venda de produtos verde-amarelo, resultando em um estoque encalhado da ordem de R$ 12,8 milhões no Estado e R$ 5,7 milhões no Município do Rio de Janeiro. De acordo com o Centro de Estudos do CDLRio, esse encalhe inclui camisetas, cornetas, canetas, chinelos, caneca, boné, cofre bola, bandeira para carro, linha pet e outros itens temáticos e não temáticos (apenas verde e amarelo).
O estudo mostrou também que somente em uma loja mais de 1,8 mil bolas ficaram encalhadas, cerca de 65% do produto para ser utilizado e em outro estabelecimento 130 mil uniformes ficaram nas prateleiras, 50% do que o lojista esperava vender. Os produtos que mais encalharam foram canetinhas, chaveiros e botons, representando quase 80%.
“Mas o nosso principal adversário no campo das vendas é a informalidade que sempre aumenta muito em épocas de grandes eventos como esse. O número de camelôs está crescendo muito também em consequência do momento difícil que vivemos, provocando perdas de até 30%, principalmente para os lojistas de bairros. É uma concorrência desleal, que prejudica o comércio formal, que emprega, paga aluguel e impostos”, conclui Aldo Gonçalves.
Em relação as vendas conforme a localização dos estabelecimentos comerciais as lojas do Centro (+27,6%) serão os que mais venderão, seguidas da Zona Sul (+25,3%), Zona Norte (+24,1%) e os da Zona Oeste (+23%).