Se você é dos que torcem pelo calor no Rio neste inverno, bem, você não é comerciante! É que de acordo com uma pesquisa do o CDLRio, que ouviu 500 lojistas do Centro e das Zonas Norte, Sul e Oeste, nossos comerciantes torcem é mais por um inverno rigoroso para aquecer as vendas e estima um crescimento de 5% se a temperatura realmente esfriar. Vejam só, 5% é o mesmo aumento esperado no comércio pela Rio 2016! Nosso frio é londrino e olímpico!
Segundo Aldo Gonçalves, presidente do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, a onda de frio aumentou a venda de roupas de inverno e de produtos como cachecóis, luvas, gorros e acessórios além de edredons, colchas e cobertores. Afinal, que carioca tem roupa de frio para mais de dois dias? Eu mesmo só esperando o cartão virar para ir até o Outlet de Caxias para comprar meus casaquinhos! Só um moleton me serve, foram mais de 20 quilos ganhos nestes 2 anos!
Para Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio, o comércio precisa urgentemente se recuperar e cita como exemplo que todas as datas comemorativas no primeiro semestre – Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Namorados – não confirmaram as expectativas de crescimento apontadas pelos institutos de pesquisas especializados em comércio varejista e registraram vendas negativas.
A pesquisa mostra que para 88% dos lojistas as vendas melhoraram com a queda da temperatura, 11,6% apontam como iguais às do ano passado e 0,4% como pior. Dos comerciantes ouvidos 82% afirmaram que a mudança da temperatura influenciou bastante as vendas e que 62% da procura é por artigos do vestuário, como casacos e camisas de manga comprida, seguido de 26% por acessórios como meias, cachecóis, segunda pele, luvas, toucas e cobertores. Segundo 86,4% dos entrevistados na primeira semana de junho quando o frio foi bastante intenso, o crescimento das vendas oscilou entre 10% e 20%.
Segundo os lojistas desses segmentos, a queda brusca da temperatura no Rio de Janeiro, trazendo um inverno que há muitos anos não se tinha, estimulou a venda de produtos da estação. Como no Rio os clientes não têm hábito de comprar roupas para o frio, o estoque para esse ano foi pequeno, por conta do clima de incerteza diante da crise que desestimulou o investimento, o lojista está enfrentando dificuldade, por falta de tempo hábil, em repor determinados produtos, e isso foi um dos motivos que freou um aumento maior nas vendas, mostra a pesquisa do Centro de Estudos do CDLRio.