Problemas nunca vem sozinhos, que o diga o prefeito Eduardo Paes (PMDB), a de hoje é que o procurador geral da República, Rodrigo Janot, pedirá a abertura de um inquérito ao STF para investigar se Paes ajudou ao senador mineiro Aécio Neves (PSDB) maquiar dados do Banco Rural na CPMI dos Correios, em 2005, conforme delatado por Delcídio Amaral.
Segundo Delcídio, Aécio enviou emissários durante a CPMI — um deles teria sido o então tucano Eduardo Paes —, para que o prazo de entrega dos dados das quebras de sigilo fossem adiados, com a justificativa de que não haveria tempo hábil para preparar essas respostas.
Delcídio presidia a CPMI e, ao receber os dados, teria percebido que o tempo a mais pedido havia sido usado para maquiar as informações.
Em março, quando o STF tirou o sigilo da delação de Delcídio, Paes negou saber de qualquer maquiagem.
Paes disse, em nota, que está à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos sobre o episódio relatado pelo senador Delcídio. E que em nenhum momento o então governador Aécio Neves solicitou qualquer tipo de benefício nas investigações da CPMI dos Correios. O prefeito reafirma que como deputado teve muito orgulho em ter sido sub-relator geral da CPMI dos Correios, que desvendou o esquema do mensalão.
Bem, lembrando que depois que deixou de ser deputado, na época pelo PSDB, foi candidato a governador pelo partido e depois se elegeu prefeito com apoio de quem denunciava no mensalão, até dizer que era um soldado de Lula, recentemente, disse.