Eduardo Paes, não basta sair do PMDB, o PMDB tem de sair de você

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Sergio Cabral e Eduardo Paes 1 Eduardo Paes, não basta sair do PMDB, o PMDB tem de sair de você

Com as proximidades das eleições 2018, e com o declínio do PMDB no Rio de Janeiro (preciso falar? Cabral, Picciani, Paulo Melo, Eduardo Cunha, Celso Jacob e tantos outros atrás das grades), é claro que os políticos vão fugir como o diabo da cruz do partido e destes nomes. Esse é o caso do nosso ex-prefeito, Eduardo Paes (PMDB/Nova Iorque).

Paes está, ao que parece, querendo sair do PMDB, uns dizem que vai para o PDT, para o PPS, até para o Democratas (apesar de Cesar Maia não querer muito saber dele por lá não). E é esperado isso, é um dos candidatos mais viáveis para governador do Rio e ter a sigla do PMDB, o 15 o marcando não é das melhores. E mudar de partido não é nada demais para ele que já foi PV, PFL, PTB, PFL de novo, PSDB e, finalmente, PMDB. Só que apenas isso não basta.

Fui procurar alguma linha de Paes condenando seu antigo patrão e principal aliado político nos últimos anos, Sergio Cabral (PMDB/Benfica). Pois bem, não encontrei nada. Mas também faz tempo, posso não lembrar, o Google não ajuda. Mas sobre as prisões mais recentes, do presidente estadual de seu partido, Jorge Picciani (PMDB/Benfica)? A mesma coisa, nada!

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E não é que Paes esteja sumido, em suas redes ele fala de sua vida trabalhando para o BID, nos EUA, de carnaval. O mesmo com seu pupilo Pedro Paulo, que fala de suas ações como deputado federal. Ah, e ambos também aproveitam para criticar o prefeito Marcelo Crivella (PRB), inclusive falando do corte das escolas de samba. Mas sobre a corrupção de seu partido e a tunga ao estado do Rio? Pois é, nada! É bom ver as prioridades.

E aqui não cabe discutir se Paes está envolvido ou não nas maracutaias de Sergio Cabral, até agora não surgiram fatos concretos, além da prisão de seu secretário de obras, Alexandre Pinto. Apesar de ser meio esquisito que ao menos não estranhasse o enriquecimento dos seus próximos. Mas se Eduardo Paes quer ser governador do Rio, depois desse trauma que foi a Cleptocracia Cabralina, era ao menos de esperar uma notinha se mostrando distante de seus, ainda, amigos. Ou uma desfiliação só será mesmo o que parece ser, jogo de cena.

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