Eleições para Prefeito do Rio em 2016 ainda mais confusa

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Molon

Se a eleição para prefeito do Rio em 2016 já estava confusa, ela ficou ainda mais depois dos votos pelo impeachment de Dilma Rousseff dados pelos deputados do Rio, é o que acredita o ex-prefeito do Rio, o vereador Cesar Maia (DEM). Em sua newsletter, enviada hoje (27/04), Maia diz que os fatos que cercaram o debate e a votação do impeachment da Presidente Dilma tornaram ainda mais imprevisível a campanha eleitoral para Prefeito do Rio.

Entre os motivos estaria o voto sim do PMDB do Rio pelo impeachment, especialmente de Pedro Paulo, e foi considerado traição pelo PT, o que fez com que o partido abandonasse o governo municipal e sinalizasse apoio a candidatura de Jandira Feghali (PCdoB). Além da defesa de Molon (REDE) e Freixo (PSol) a DIlma, o que geraria desgaste a estes dois nomes na próxima eleição. Clarissa Garotinho (PR) também tenderia desistir da candidatura a prefeita.x

A isso soma a falência do governo do Estado e a queda da ciclovia da Niemeyer, o que dificulta ainda mais a candidatura de Pedro Paulo, matéria inclusive de editorial aqui do site.

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Indio da Costa

Já os candidatos do Centro/Centro-Direita, Indio da Costa (PSD) e Carlos Osório (PSDB), estariam  espremidos e sem vetor para crescer antes da campanha eleitoral formal. Ficam sem estratégia para a pré-campanha. Ficam sem espaço e sem foco para suas comunicações políticas.  Vão ter que esperar agosto. Os três, hoje somados, mal alcançam 10%

O maior beneficiário então seria Marcelo Crivella (PRB) que está sozinho como candidato evangélico e do campo popular. Certamente dirá SIM ao impeachment de Dilma, se diferenciando dos candidatos mais à esquerda e se afirmará em relação aos candidatos de centro e centro-direita.

Leia o texto completo de Maia:

SUCESSÃO DA PREFEITURA DO RIO FICA AINDA MAIS CONFUSA!

1. Os fatos que cercaram o debate e a votação do impeachment da Presidente Dilma tornaram ainda mais imprevisível a campanha eleitoral para Prefeito do Rio.

2. O voto pelo sim do deputado Pedro Paulo, pré-candidato a prefeito do Rio pelo PMDB, foi recebido como traição por Dilma. Em seguida, o PT do Rio informou que sairia da prefeitura e entregaria as secretarias que ocupa, o que foi feito parcialmente até aqui.

3. Com isso, o deputado do PT Wadih Damous, ex-presidente da OAB e porta voz de Lula, já voltou a suplência e o PT retirou o apoio ao PMDB e, assim, o tempo de TV tão importante na estratégia do PMDB. O PT iniciou o debate sobre alternativas, que poderiam ser tanto Wadih Damous do PT, como Jandira Feghali do PCdoB.

4. Assim, o campo da esquerda pulverizou com 3 candidatos: Jandira, muito mais forte que Wadih, Freixo do PSOL e Molon da REDE. O fato do Molon e Freixo terem apoiado ostensivamente Dilma contra o impeachment produzirá algum desgaste em ambos e será usado pelos seus adversários.

5. Clarissa Garotinho, acatando a decisão de seu pai e um laudo médico em função de seu tempo de gestação, e não indo votar o SIM, que sua propaganda em redes sociais exaltava tanto, tende a desistir da candidatura.

6. Os problemas enfrentados pela prefeitura, em parte pela falência do governo do Estado também do PMDB, e agora a imagem forte da queda da ciclovia da Av. Niemeyer, colocam uma dificuldade a mais na recuperação de Pedro Paulo, candidato do prefeito, que contava com o fator tempo para que seus problemas pessoais fossem esquecidos.

7. Os outros dois candidatos do campo do centro/centro-direita, Índio do PSD e Osório do PSDB, ficam espremidos e sem vetor para crescer antes da campanha eleitoral formal. Ficam sem estratégia para a pré-campanha. Ficam sem espaço e sem foco para suas comunicações políticas.  Vão ter que esperar agosto. Os três, hoje somados, mal alcançam 10%.

8. Finalmente e mais uma vez, o beneficiado é o senador Marcelo Crivella, ficando sozinho como candidato evangélico e do campo popular. Certamente dirá SIM ao impeachment de Dilma, se diferenciando dos candidatos mais à esquerda e se afirmará em relação aos candidatos de centro e centro-direita.

9. Hoje, a candidatura de Crivella seria uma das duas que iria ao segundo turno. Os fatos e os ventos sopram para ele, e por sua discrição e estilo, muito dificilmente dará alguma derrapagem até o início da campanha.

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