Escola Pública de Turno Único x Escola Pública de Horário Integral

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Escola Pública de Turno Único x Escola Pública de Horário Integral

O modelo de turno único adotado pelas secretarias de educação, fazendo com que os alunos permaneçam, na escola, durante apenas sete horas por dia, em lugar do horário integral não contempla o papel social da Escola nos dias de hoje, notadamente, levando-se em conta as populações mais carentes.

Houve época em que os pais trabalhavam e as mães eram as responsáveis pelo acompanhamento do desempenho escolar dos filhos. Hoje, a realidade é outra, ou seja, pais e mães trabalham e a Escola passou a desempenhar a parcela do processo de Educação que deveria ser praticada pelos pais. Pode não ser agradável constatar isso, mas é a mais pura realidade. E essa situação tem que ser levada em conta, para que a Escola e a Família encontrem um caminho de sinergia, objetivando o que toda a Sociedade deseja, vale dizer, direcionar as crianças e os adolescentes para a plena Cidadania.

A adoção do turno único de sete horas libera as crianças e os adolescentes no período em que os pais não estão em condições de acompanhar o que seus filhos fazem fora da escola. E uma pessoa, especialmente aquela que ainda está em formação, sem um acompanhamento responsável, fica exposta a qualquer tipo de tentação.

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A política educacional dos nossos dias tem que estar atenta a esse fato. E, sem dúvida, nas comunidades mais carentes, essa situação se torna mais perigosa, visto que os atrativos para os desvios de conduta são maiores.

Efetivamente, os governantes, os educadores e a sociedade como um todo têm o dever de reconhecer esse quadro e implementar o horário integral, com uma educação de qualidade e universal. Para tal, o investimento na Educação não pode ser tímido, pois um país que não cuida de suas crianças e de seus adolescentes aprofunda as injustiças sociais e condena as suas gerações futuras à ignorância e à escravidão.

A alegação de que não há possibilidade de se universalizar o modelo de escola de horário integral, em razão da falta de escolas e de professores é de conteúdo frágil e, portanto, não se sustenta. Os exemplos dos diversos países que se desenvolveram economicamente, após apostarem todas as suas fichas na Educação deve ser copiado por nossas autoridades.

A valorização da Educação passa pela valorização do Magistério e de todos os profissionais envolvidos nessa atividade. Por via de conseqüência, mais jovens vão procurar a carreira do Magistério e teremos o número desejado desses profissionais para atuarem nas unidades escolares. A Escola será mais atrativa e a evasão escolar de alunos tenderá a se extinguir. Uma escola agradável para alunos e profissionais do Ensino é o que se deseja para nossos jovens.

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