Uma joia da arquitetura colonial brasileira, a Igreja da Glória foi cenário de grandes acontecimentos da história do nosso país. Há séculos está aí, expondo beleza e história pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro.
A origem da Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Imperial Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, ou (como é mais conhecida) Igreja da Glória se deu no século XVII. Tudo começou em uma pequena ermida, construída em um terreno doado à Irmandade da Glória em 1699. Cláudio do Amaral Gurgel foi o responsável pela obra.
A inauguração aconteceu alguns anos depois, em 1739. Quanto à data de início das obras, há uma divergência entre os historiadores. Uns dizem que foi em 1730. Outros que os trabalhos começaram no ano 1714. Independentemente de quando foi iniciada a construção, a beleza da obra, visível de muitos pontos da cidade, chama a atenção.
“A arquitetura da igreja é muito interessante. O lado externo se destaca pelos espaços curvos e o interno pelos altares estilo rococó, além dos portais, esculpidos em pedra de lioz e trazidos de Lisboa, em Portugal, na segunda metade do século XVIII”, frisa a arquiteta e pesquisadora Camila Braga.
Com a chegada da Família Real ao Rio de Janeiro, em 1808, a Igreja da Glória ganhou muito. O templo se tornou o queridinho da Corte Real e depois Imperial.
“Na Igreja da Glória foi batizada, em 1819, a primeira filha de dom Pedro I e Leopoldina, a princesa Maria da Glória, futura rainha Maria II de Portugal. Depois disso, todos os membros da Família Imperial foram batizados no templo, incluindo Dom Pedro II e Princesa Isabel”, conta o historiador Maurício Santos.
Em 1839, Dom Pedro II deu o título de “Imperial” à irmandade. Por isso, o nome “Imperial Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro”.
Em 2006, a Igreja da Glória passou por uma restauração. Em seu interior e exterior, foram recuperados cobertura, fachadas, muros, paramentos, forros, altares, talhas, calhas e sistema elétrico.