Breve História da Ilha das Cobras, que já foi das Cabras e dos Monges

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O Rio de Janeiro é cercado de ilhas importantíssimas para nosso passado. A Ilha das Cobras é uma que faz parte desse mar de memórias históricas.

a Ilha vista em 1850 Breve História da Ilha das Cobras, que já foi das Cabras e dos Monges
Friedrich Pustkow, Ilha das Cobras, de 1850

Durante os conflitos entre portugueses e franceses pelo controle da região que hoje corresponde ao Rio de Janeiro, a Ilha chegou a ser chamada de Ilha das Cabras – Ile des Chévres, em francês.

Em setembro de 1565, a ilha foi doada pelo Governador da Capitania do Rio de Janeiro, Estácio de Sá a Pedro Rodrigues, que aproveitou a área para plantar. No ano 1583, passou para a propriedade de João Gutierrez Valério, mercador de escravos, que a utilizou para manter presos negros trazidos à força da África.

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Alguns anos depois, em 1589, após a falência de João Gutierrez, a ilha foi adquirida pelos monges do Mosteiro de São Bento por 15$300 réis. A partir de então, passou a ser também denominada como Ilha dos Monges.

O nome “Ilha das Cobras” foi citado pela primeira vez em um texto do Mosteiro de São Bento:

Esta ilha era como a que chamam Rubraria no mar de Tarragona, porque tinha em si infinitas cobras e essas muito peçonhentas, e por isso lhe puseram por nome a ilha das Cobras… Eram tantas que muitas vezes se achavam agasalhadas nos leitos, porem nunca fizeram mal algum. Em breve tempo se extinguirão de todo.”

Ilha das Cobras Breve História da Ilha das Cobras, que já foi das Cabras e dos Monges
Ilha das Cobras

A Ilha das Cobras também entrou no contexto dos conflitos entre portugueses e holandeses.

“Após a conquista neerlandesa da então capital do Brasil, Salvador, os rumores de uma possível invasão ao Rio de Janeiro assustavam a todos. Os muros das fortificações pressentes na Ilha das Cobras foram aumentados”, conta o historiador Maurício Santos.

Ao longo da história, foram erguidas quatro fortalezas na Ilha das Cobras, que se integravam – isso porque algumas foram danificadas em conflitos. A primeira por volta de 1620, a segunda em 1639, a terceira em 1709 e a quarta de 1736. Todas para proteger o Rio de Janeiro de invasores.

imagem da fortificação armada na Ilha Breve História da Ilha das Cobras, que já foi das Cabras e dos Monges
fortificação da Ilha

Tiradentes ficou preso na Ilha das Cobras por anos, entre 1789 e 1792, antes de morrer.

Em março de 1809, o Corpo de Fuzileiros Navais foi gerado na Fortaleza de São José da Ilha das Cobras (um a das fortificações da Ilha) onde se encontra até aos nossos dias.

vista recente da Ilha Breve História da Ilha das Cobras, que já foi das Cabras e dos Monges
vista recente da Ilha

Hoje em dia, a Ilha das Cobras abriga o complexo do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), o Hospital Central da Marinha, o Centro de Perícias Médicas da Marinha, o Comando Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, o Presídio da Marinha, o Serviço de Documentação da Marinha e Diretorias Especializadas de Intendência, sob a responsabilidade da Marinha de Guerra do Brasil. Além da Empresa Gerencial de Projetos Navais.

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