O local, que proporciona uma das mais belas vistas da cidade do Rio de Janeiro, tem uma história bastante interessante. O Parque das Ruínas ajudou a construir muita coisa importante para nossas memórias cariocas.
O que hoje é chamado de Parque das Ruínas, no passado, foi um histórico palacete. Erguido entre 1898 e 1902, a construção era local de residência de Laurinda Santos Lobo, dama da sociedade e herdeira de uma rica e poderosa família – que dividia-se entre Rio de Janeiro e Paris, prática comum entre quem tinha muito dinheiro nessa época.
“Dividindo-se entre o Rio e Paris, onde passava várias temporadas, Laurinda reformou o palacete, dando-lhe um aspecto neocolonial. Foram introduzidos ali uma superposição de motivos decorativos e azulejaria. Os adornos do interior foram inspirados nos salões literários de Paris. Segundo ex-empregados, havia uma cor para cada cômodo. Um dos mais luxuosos era o ‘salão azul’, que abrigava bronzes, jades verdes, sedas douradas, tapetes e móveis orientais. Eram ao todo seis salas, três salões, quatro quartos, mirante, capela, banheiros, três quartos de empregados, cozinha, lavanderia, sala de costura, despensa e duas copas”, frisa Leandro Ladeira, na Coluna do Patrimônio Histórico, no site Rio e Cultura.
[iframe width=”100%” height=”90″ src=”https://diariodorio.com/wp-content/uploads/2015/05/superbanner_66anos.swf-3.html”]
Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis sempre contribuiu para a valorização da cultura carioca
Durante a década de 1920, o palacete foi de suma importância para um dos maiores movimentos culturais da história do Brasil. Diversos artistas, como Villa-Lobos e Tarsila do Amaral, se encontravam na casa de Laurinda para falar do Modernismo e curtir uma boa festa.
Nos anos 1940, em 1946, para ser mais exato, Laurinda morreu. Como não teve filhos, ela deixou a casa para a Sociedade Homeopática. No entanto, a instituição nunca tomou posse do lugar.
O tempo passou e, abandonado, o antigo casarão foi ocupado por moradores de rua, traficantes e usuários de drogas. Muitos dos bens que ficaram na casa foram roubados, entre eles, maçanetas de ouro e um piano.
Em 1993, o Governo do Estado do Rio de Janeiro tombou o que sobrou da propriedade. Esse foi o primeiro passo para a revitalização do espaço. Quatro anos depois, em 1997, foi inaugurado o Parque das Ruínas.
O parque possui salas de exposições, auditório, além de um palco. Nas áreas ao ar livre, acontecem shows. Nos finais de semana, há programações especiais para crianças e adultos.
