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Independentemente do estilo arquitetônico, a Sergio Castro Imóveis sempre defenderá edificações que colaboram ainda mais para a beleza da Cidade Maravilhosa
Referência de arquitetura moderna, o prédio sede da Academia Brasileira de Imprensa (ABI), localizado no centro do Rio de Janeiro, é um verdadeiro relato vivo da história da Cidade Maravilhosa e do Brasil.
A construção começou a ser erguida em 1936 e ficou pronta três anos mais tarde. Os irmãos Marcelo e Milton Roberto – influenciados pelas ideias do modernista francês Le Corbusier – assinaram o inovador projeto arquitetônico. No entanto, de acordo com um relato da Revista da Construção Civil, de outubro de 1978, Maurício (irmão de Milton e Roberto) também participou da criação, como coautor.
Os três irmãos tiveram um famoso escritório de arquitetura chamado de MMM Roberto. O trabalho dessa família foi determinante para a implantação da arquitetura moderna em alguns locais da cidade do Rio de Janeiro.
O projeto do Prédio da ABI se deu através de um concurso, vencido pelos irmãos Roberto. Na época, Getúlio Vargas e o ministro Osvaldo Aranha apoiaram a inovadora obra, afinal, eles tinham planos de modernizar o Brasil.
“O prédio da ABI é referencial para a arquitetura moderna brasileira, que já na década de 30 esboçava o conceito de funcionalidade. A construção do edifício se deu no momento em que Herbert Moses assumia a presidência da Associação e deixava sua marca para a posteridade. São comuns as visitas às instalações da ABI, dada sua importância no contexto arquitetônico. A execução das obras no Edifício Herbert Moses honrou a técnica nacional. Nenhum parafuso foi colocado no prédio sem consultar o projeto. Técnicas pioneiras apresentadas por Le Corbusier foram adotadas, além de outras características representativas da evolução da arquitetura moderna” diz um texto publicado no site oficial da ABI.
O edifício também é chamado de Herbert Moses, pois era Herbert quem presidia a ABI na época em que a construção foi erguida. Moses sempre elogiou muito o prédio. Assim como um de seus criadores:
“Suas soluções continuam sendo adaptadas por outros projetos e o estilo de construção jamais foi igualado. A sede da ABI permanece como um prédio ímpar na cidade. Tão necessário a ela quanto o Pão de Açúcar e o Corcovado” declarou Maurício Roberto, em depoimento concedido no ano 1948.
Não são só as pessoas envolvidas no projeto que o exaltam: “Cronologicamente, foi o primeiro edifício modernista do Rio de Janeiro. Sem o aparato e as complicações que cercaram o projeto do MES, este edifício aplica conscientemente, mas com um certa rigidez, os princípios corbusianos. Os pilotis não puderam ser completamente liberados, e a utilização dos brises (pela primeira vez no Brasil) fica prejudicada, por se tratar de brises fixos, o que provoca um estranho fechamento na fachada” comenta o site Coisas da Arquitetura.
Modernas ou clássicas, todos nós devemos valorizar as construções que nos ajudam a contar as histórias da nossa cidade. Afinal, é preciso olhar os erros e os acertos do passado para se pensar em um futuro melhor.