História do Viaduto Rei Alberto da Bélgica na Niemeyer

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Ciclovia e Viaduto Rei Alberto

Após o triste desabamento de uma parte da ciclovia Tim Maia, em São Conrado, muita gente comparou a desastrosa obra da atual prefeitura com o viaduto que passa ao lado, o Viaduto Rei Alberto da Bélgica, que há muitas décadas resiste às ondas do mar, de ressaca ou não. De fato bem mais antigo, sólido e seguro que a ciclovia, o Viaduto tem algumas memórias que valem ser lembradas.

Rei Alberto I da Bélgica
Rei Alberto I da Bélgica

Em 1920, durante o mandato do prefeito Milcíades Mário de Sá Freire, o Viaduto ficou pronto. A obra fez parte de uma reforma geral realizada na Avenida Niemayer para receber o Rei Alberto, da Bélgica, que visitou o Brasil naquele ano. Algumas pistas da Avenida foram alargadas e asfaltadas e o elevado foi finalizado. A homenagem ao monarca, batizando o Viaduto com seu nome, foi feita no mesmo ano de 1920.

CHEGADA DO REI ALBERTO E DA RAINHA ELISABETH AO RIO DE JANEIRO
HEGADA DO REI ALBERTO E DA RAINHA ELISABETH AO RIO DE JANEIRO

A chegada de Rei Alberto ao Brasil fez com que as autoridades realizassem muitas obras. A presença de um famoso monarca europeu no país era a chance que o governo brasileiro queria para promover nosso país no exterior.

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REI ALBERTO E DA RAINHA ELISABETH no Palácio Guanabara
REI ALBERTO E DA RAINHA ELISABETH no Palácio Guanabara

 Rei Alberto era conhecido como Rei-Herói, ou Rei-Soldado, fama conquistada durante a Primeira Guerra Mundial. O Rei chegou ao Brasil com sua esposa, a Rainha Elizabeth e os dois viram uma cidade um pouco melhor que a que os cariocas costumavam ver e viver, pois além das reformas na Niemayer, outras obras de infraestrutura foram feitas por boa parte do Rio de Janeiro. As famosas mudanças para inglês (no caso belga) ver.

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Entretanto, o Rei gostou mesmo foi da natureza. Visitou o Pão de Açúcar mais de uma vez e tomou muitos banhos de mar em Copacabana: “Os banhos do rei eram demorados exercícios de natação. Alberto furava as ondas, dava braçadas vigorosas, nadava centenas de metros e de vez em quando ultrapassava os limites demarcados pelo serviço de salvamento. Certa vez, quando se afastou da costa, foi seguido por duas jovens nadadoras copacabanenses. Ao adverti-las de que era perigoso irem tão longe, teve como resposta que nada temiam, pois eram conhecedoras da praia desde pequenas. E ainda foi desafiado para uma competição – da qual saiu vencedor, é claro. Alberto, além de rei-soldado, era um rei sportman. Representava, junto com essas banhistas, um modo esportivo de ir ao banho, baseado na prática da natação, que concorria com o antigo hábito, justificado no discurso médico”, escreveu o historiador Paulo Francisco Donadio Baptista na Revista de História, em 2008.

Corridas na Niemeyer
Corridas na Niemeyer

Em 1933, um ano antes da morte de Rei Alberto, o Viaduto voltou a ter um destaque peculiar. Nesse ano, as corridas do Grande Prêmio de Automobilismo do Rio de Janeiro aconteciam a todo vapor na Avenida Niemayer e a área ao lado do elevado, na mureta de concreto que delimitava o espaço da pista, ficou conhecida como “Gruta da Imprensa”, porque os jornalistas que cobriam esses eventos automobilísticos se posicionavam, estrategicamente, por lá.

Viaduto Rei Alberto em 1930
Viaduto Rei Alberto em 1930

Possibilitando uma vista muito bonita do mar, não é incomum que pessoas encostem os carros nos canteiros do Viaduto para tirar algumas fotos ou para simplesmente admirar a beleza do mar. Alguns também para pescar, e em 1972 o viaduto teve sua primeira vítima famosa, o zagueiro Ari Ercílio, do Fluminense (com passagens por Internacional, Grêmio e Corinthians, além da Seleção), pescava nas pedras da Gruta da Imprensa quando caiu no mar e morreu afogado. Cinco anos depois, em 1977, foi encontrado o corpo de Claudia Lessin Rodrigues após ser brutalmente assassinada em circunstâncias nunca totalmente esclarecidas.

As décadas, os carros e as ondas passaram e o Viaduto Rei Alberto se manteve e se mantém firme. O desejo de todo carioca é que a cidade tenham mais obras como a do Rei Alberto e menos como a da Ciclovia Tim Maia.

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