História da Rua da Alfândega

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Hoje totalmente ligada ao comércio, a histórica via é símbolo da diversidade cultural carioca e brasileira. A Rua da Alfândega é mais uma passagem histórica do Rio de Janeiro.

Lagoa da Sentinela

A Rua já existia no século XVII. Nessa época se chamava Caminho do Capueruçu. Era uma via que ia da orla marítima até a Lagoa da Sentinela, onde havia um posto de guarda e vigilância contra ataques indígenas.

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A Alfândega teve outros nomes. Passou a ter a nomenclatura atual em 1716, quando aconteceu a instalação da Repartição da Alfândega, próximo à orla, que era um dos extremos da Rua”, conta o historiador Maurício Santos.

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A Repartição da Alfândega se tornou porta de entrada de boa parte dos estrangeiros que chegavam ao Rio de Janeiro. O número de pessoas de outros países por aqui cresceu bastante a partir de 1808, após o Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas.

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Nessa época, muitos ingleses chegaram ao Rio de Janeiro e se instalaram na Rua da Alfândega. Posteriormente, instalaram-se os sírios e os libaneses. O povo os chamava de “turcos”, pois tanto a Síria quanto o Líbano estavam sob domínio da Turquia.

A maioria das pessoas que chegavam à Rua da Alfândega era comerciante. Por isso, a região foi tomando a forma que tem atualmente. Além de ingleses e “turcos”, um crescente número de coreanos e chineses vem se instalando na área que hoje em dia é conhecida como Saara (veja a história do Saara aqui)

Salvador Correia de Sá e Benevides

Antes de ser uma via praticamente comercial, a Rua da Alfândega era habitada por nobres. Salvador Correia de Sá e Benevides, governador do Rio de Janeiro, e Dom José de Barros Alarcão, primeiro bispo a tomar posse na cidade, moravam lá.

A presença de comerciantes pobres, de negros livres, mestiços, caboclos e ciganos incomodava a elite, que passou, aos poucos, a se mudar da Rua da Alfândega.

A Alfândega também está ligada a outros fatos marcantes de nossa história:

“A igreja dedicada a Nossa Senhora Mãe dos Homens, que fica na Rua Alfândega, tem uma ligação forte com Tiradentes e a Inconfidência Mineira. Inácia Gertrudes de Almeida era uma das fieis da igreja e tinha uma filha que estava com uma ferida na perna que não melhorava nunca. Vários tratamentos foram feitos e o problema não acabava. Tiradentes, que estava no Rio e tinha muitos conhecimentos de medicina, ajudou a curar a menina. O inconfidente ficou amigo de Inácia e quando precisou fugir da caça que a Coroa fez contra ele e seus companheiros, pediu para que a amiga lhe desse abrigo. Ela falou com seu compadre, Domingos Fernandes da Cruz, que morava na Rua dos Latoeiros (atual Gonçalves Dias), para esconder Tiradentes. E foi justo na casa de Domingos que Tiradentes foi preso. Inácia, sua filha, Domingos e o padre Inácio Nogueira (da Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens), foram presos como cúmplices, mas soltos alguns meses depois, por falta de provas”, frisa Maurício Santos.

Francisco Manoel da Silva,

Além disso, a primeira companhia de seguro e a primeira de comercialização de gás nasceram na Rua. Isso sem contar que Francisco Manoel da Silva, que era músico e caixeiro em uma das lojas da Rua da Alfândega, compôs, em 1831, a música que originou o hino nacional brasileiro.

Importante para nossa diversidade cultural, história e comércio. Essa é a Rua da Alfândega.

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