Inaugurado como o edifício com o maior número de andares da cidade do Rio de Janeiro, o Edifício Santos Dumont foi de espaço militar a centro comercial. Entre outras boas histórias.
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Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário da Cidade do Rio de Janeiro, a Sérgio Castro Imóveis apoia construções e iniciativas que visam o crescimento da Cidade Maravilhosa sem que as características mais simbólicas do Rio se percam
Em 1970, no auge da ditadura militar, o Clube da Aeronáutica realizou uma concorrência para escolher a empresa que construiria sua sede. O projeto apresentado pela Servenco – Serviços de Engenharia Continental – venceu.
As obras começaram no mesmo ano. Contudo, não foram fáceis. Logo abaixo da superfície de onde foi construído o prédio, se encontrava a base de um antigo cais, dos tempos que a Rua Santa Luzia ainda era banhada pelo mar. O espesso muro de pedra alcançava até 9 metros de profundidade.
“Os anos 1970, foram marcados por obras grandes, faraônicas, apoiadas pelos militares. Em uma escala menor, mas não menos simples, foi feito o Edifício Santos Dumont, uma obra muito complicada para a época”, frisa o historiador Maurício Santos.
A difícil obra acabou cinco anos mais tarde, em 1975. O Santos Dumont foi inaugurado com 141 metros de altura e 45 andares, sob a alcunha de Sede do Clube da Aeronáutica. Nesse ano, era o edifício com o maior número de andares da Cidade do Rio de Janeiro.
Dono de uma silhueta esbelta e com 4.400 janelas, o prédio ganhou o status de monumento e logo se tornou um ponto referencial do centro da cidade do Rio.
Ainda no contexto inovador e impressionante do edifício, no Santos Dumont seria construído o primeiro restaurante giratório da América do Sul, onde os visitantes e clientes, sentados em suas mesas, vislumbrariam, durante uma hora, 360º da raríssima beleza da Cidade Maravilhosa. Foi o La Tour que funcionou entre 1976 e 1993. O estabelecimento ficava em uma espécie de plataforma que girava com um sistema de engrenagens. Ele girava bem devagarinho, eram necessários 70 minutos para um giro completo.
Embora o restaurante giratório não funcione mais, vista bonita não é problema no prédio. “Do pavimento de cobertura pode ser vislumbrada toda a beleza da cidade do Rio de Janeiro – a baía de Guanabara, o maciço da Serra da Carioca, a região serrana fluminense, o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor, a Ponte Rio-Niterói, o estádio do Maracanã, Niterói, parte da Zona Norte e subúrbios, o Aterro do Flamengo e todo o Centro da cidade”, informa um comunicado oficial do Santos Dumont.
Alguns anos depois da inauguração, a sede do Clube de Aeronáutica retornou às suas antigas instalações na Praça Marechal Âncora. Isso fez com que o prédio passasse a se chamar, de fato, Edifício Santos Dumont e se tornasse um espaço comercial.
Entre os inquilinos do Santos Dumont estão empresas de comunicação, escritórios de advocacia, entre muitos outros.
Um amigo meu trabalhou neste restaurante de 1983 a 1987 ele se chama adir
Ajudante de garçom comins
Toquei flauta neste restaurante em 1978, em um trio de mulheres. Fhernanda Fernandes cantava e tocava violão, sua prima Lúcia tocava bateria e as introduções, solos e improvisos ficavam por conta de minha flauta.
Quando fui tratar o trabalho lá, achei alguma coisa muito estranha, que pus na conta da altura do prédio, sei lá, balançava, devia ser o vento… Ninguém havia me contado que o restaurante girava, e tão lentamente que a gente não se dava conta de imediato.