Hotel Glória vendido por cerca de 90 milhões de reais; outros imóveis incluídos no pacote

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Hotel Glória, um ícone do Rio de Janeiro
Foto: Reprodução

O DIÁRIO DO RIO foi o primeiro jornal a divulgar a venda do Hotel Glória a um Fundo Imobiliário gerido pelo Banco Opportunity, aqui do Rio de Janeiro, na matéria exclusiva que publicamos dia 29 último. Até o momento o que se sabe é que o Opportunity venceu a concorrência aberta pelo Fundo Soberano Mubadala, que se tornou proprietário do Hotel após recebê-lo como parte de pagamento dos multimilionários débitos do ex-bilionário Eike Batista, que comprara a empresa dona do prédio – junto com outros imóveis que pertenciam à empresa dona do Hotel – por cerca de 80 milhões de reais.

Segundo revelou a revista on-line Brazil Journal, especializada em mercado financeiro, o valor da venda foi de 90 milhões de reais. Segundo apuramos, a belíssima casa Art Nouveau projetada pelo arquiteto Antonio Virzi, localizada ao lado da antiga sede da Rede Manchete na rua do Russel, integra o negócio, junto com outra casa antiga. Esta casa escapou por pouco de ser comprada e demolida pelo fundador da Manchete, Adolpho Bloch, segundo o especialista Márcio Roiter, do Instituto Art Déco Brasil. “Foi por pouco“, diz.

Localizada na rua do Russel, 734, a belíssima casa – que alguns chamam castelinho por causa da sua torre pontuda – foi projetada em 1915 pelo famoso arquiteto italiano para servir de residência ao fabricante do Elixir de Nogueira, Gervásio Renault da Silveira e sua família. A residência foi tombada na década de 1980 e até poucos anos atrás funcionava um restaurante no local. No período em que Eike Batista foi dono do Glória, a casa foi usada pela sua central de segurança. As grades e portões são obras primas do mestre ferreiro Pagani (abaixo, portão de entrada).

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Portão principal da residência Vilino Silveira, na Rua do Russel 734, feito em ferro batido pelo grande mestre Pagani, sob encomenda do arquiteto Antonio Virzi. A casa faz parte do pacote vendido ao Opportunity.

Segundo a Brazil Journal, além do Opportunity, na reta final da concorrência do Mubadala pelo Glória, disputavam a incorporadora BAIT – que comprou recentemente o último terreno da Avenida Atlântica, em Copacabana – e a Cyrela, que comprou o edifício Hilton Santos do clube do Flamengo ali no Morro da Viúva e fez com grande sucesso o lançamento de um prédio de luxo no local, o Rio by Yoo. Segundo especialistas, outras empresas participaram da fase inicial da concorrência, inclusive uma rede de hotéis carioca.

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O Opportunity ainda irá submeter seu projeto à aprovação da prefeitura e dos órgãos de patrimônio – municipal e federal – sendo certo que neste momento ainda não existem plantas ou unidades a serem comercializadas. Porém, já circulam informações de que a intenção do grupo é fazer no local um empreendimento residencial de alto luxo, com serviços pay-per-use que possibilitem aos proprietários das unidades que querem manter a taxa de condomínio mais baixa utilizar apenas os serviços que forem essenciais.

Há muito a ser feito ainda. Queremos preservar a memória do hotel que completará 100 anos de construção em breve. Vamos trabalhar para resgatar um patrimônio muito importante da cidade“, afirmou Jomar Monnerat de Carvalho, gestor do fundo imobiliário do Opportunity, a um jornal paulista.

A tradicional construtora e incorporadora SIG participa da aquisição, segundo a revista, com participação de 10 a 20%, e pode vir a ser escolhida para tocar as obras do empreendimento. Segundo informações de mercado, a SIG já tocou outros empreendimentos com o Opportunity, incluindo a construção de edifícios novos na Presidente Vargas, nas imediações da Avenida Passos. Um destes foi vendido a uma multinacional chinesa do ramo de eletricidade.

Neste momento difícil para a indústria hoteleira, tem sido comum a venda de hotéis inteiros para a conversão em unidades residenciais, temos diversos negócios no forno prestes a sair neste sentido, pois a procura é grande“, disse ao DIÁRIO a executiva Lucy Dobbin, superintendente de vendas da corretora Sergio Castro, que tratou da negociação de alguns ícones da cidade, como o Hotel Santa Teresa, o Largo do Boticário, o Hotel Ambassador e o antigo Hotel Ouroverde, na Avenida Atlântica, entre outros, que enumera, orgulhosa, como todo bom corretor de imóveis.

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