Jorge Picciani volta a ser presidente da ALERJ

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Jorge Picciani

Enquanto a eleição para presidente do Senado e da Câmara dos Deputados teve emoção e disputa, o mesmo não aconteceu na eleição para presidente da ALERJ. O deputado Jorge Picciani (PMDB) foi eleito hoje, 2/2/15, com 65 dos 70 votos da Assembleia. Também se formou os 13 membros da nova Mesa Diretora da Casa. Ela conduzirá os trabalhos da Alerj pelos próximos dois anos. A eleição foi com chapa única, “Harmonia e Independência”.

A vitória de Picciani já era esperada, muito competente na formação de alianças e no xadrez político, ele conseguiu jogar de lado o atual presidente Paulo Melo (PMDB) que queria a reeleição.

Wagner Montes

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A curiosidade é que a nova mesa diretora tem como primeiro vice-presidente o apresentador de Tv Wagner Montes (PSD) e como primeiro-secretário Geraldo Pudim (PR) cujo partido declarava forte oposição tanto ao governo estadual de Pezão, quanto a Picciani.

Os únicos deputados que votaram contra a chapa  “Harmonia e Independência” foram os do PSOL (Dr. Julianelli, Eliomar Coelho, Flávio Serafini, Marcelo Freixo e Paulo Ramos).  O deputado Marcelo Feixo explicou que esta foi uma orientação do partido à bancada, e que os deputados do PSOL irão “apoiar todas as medidas de transparência” que a Mesa vier a adotar.

A primeira medida anunciada por Picciani, em discurso, foi a retirada dos tapumes de madeira que desde as manifestações de 2013 cobrem as janelas do histórico Palácio Tiradentes – cujo prédio Picciani anunciou que irá recuperar, após consulta ao Iphan.

A nova mesa diretora da ALERJ

ALERJ

Presidente – Jorge Picciani (PMDB)
Primeiro Vice-Presidente – Wagner Montes (PSD)
Segundo Vice-Presidente – André Ceciliano (PT)
Terceiro Vice-Presidente – Marcus Vinicius (PTB)
Quarto Vice-Presidente – Carlos Macedo (PRB)
Primeiro Secretário – Geraldo Pudim (PR)
Segundo Secretário – Samuel Malafaia (PSD)
Terceiro Secretário – Fábio Silva (PMDB)
Quarto Secretário – Pedro Augusto (PMDB)
Primeiro Suplente – Zito (PP)
Segundo Suplente – Bebeto (SD)
Terceiro Suplente – Renato Cozzolino (PR)
Quarto Suplente – Márcio Canella (PSL)

Picciani diz que quer economizar e descarta mudança de sede da ALERJ

Jorge Picciani ALERJ

Entre as primeiras medidas a serem tomadas Picciani citou medidas administrativas de contenção de despesas, como a revisão do Auxílio Educação e a redução da cota mensal de selos destinada aos parlamentares, que permitirão que as finanças se adequem ao que ele classificou como “momentos difíceis”.

“O Brasil passa por uma grave crise política e econômica, haverá redução significativa das receitas tributárias do Estado, o Estado sofrerá queda nas receitas de IPVA e ICMS, assim como os municípios também perderão receitas de ITBI. E a Assembleia vive do que é calculado em cima das receitas tributárias líquidas, na medida que as receitas caem, o orçamento da  Assembleia diminui. Então, em momentos de crise, aperta-se o cinturão”, explicou.

Uma das medidas deve ser a extinção do Auxílio Educação a funcionários da casa e a criação da Bolsa Reforço Escolar, que será única (atualmente, cada funcionário pode receber auxílio para até três filhos) mas que incluirá também os funcionários que tenham filhos matriculados na rede pública. Com a medida, o deputado calcula uma economia de R$ 15 milhões ao ano. “É uma medida também preventiva, porque evita fraudes como já ocorreram no passado”, explicou. Já a cota mensal de selos, que é de 3 mil, cairá em um terço. A economia prevista é de R$ 3 milhões ao ano. “Com a democratização da internet, não tem sentido manter este volume de gastos com correio”, frisou.

As medidas serão discutidas na reunião da Mesa Diretora que será realizada nesta terça-feira (03/02), às 10h. Outros pontos que serão discutidos são a transformação dos suplentes da Mesa em vogais, permitindo mais votos para a decisão do colegiado, e o retorno dos funcionários estatutários da Casa que estão cedidos para outros órgãos. “Também faremos uma auditoria nas folhas de pagamento de ativos e inativos”, acrescentou.

Picciani também descartou a construção de um novo prédio para abrigar a Casa. Segundo ele, uma comissão de deputados será criada para viabilizar a reforma do Palácio Tiradentes. “Sabemos como é a questão de financiamento público para museus. Para manter o custo do palácio é preciso que ele se mantenha funcionando. Então iremos designar uma comissão de cinco ou seis deputados, que são engenheiros, para procurar o Iphan, já que o prédio é tombado pelo patrimônio histórico, e discutir a reforma do palácio”, pontuou o presidente, que garantiu ainda o fortalecimento do Departamento de Cultura da Casa, a fim de integrar ainda mais o Palácio ao corredor cultural do Centro da capital.

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