O Rio precisa se capacitar melhor para eventos

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Praia de Ipanema - Rio de Janeiro - Foto: Alexandre Macieira | Riotur
Praia de Ipanema – Rio de Janeiro – Foto: Alexandre Macieira | Riotur

Hoje, quero conversar com você sobre a capacitação para a área de eventos. Nossa conversa nasce na palestra que proferi recentemente no IX Congresso Brasileiro de Convention and Visitors Bureaux,no Rio de Janeiro, realizado pelo Brasil Convention & Visitors Bureaux.

Quando falamos em eventos, faz-se necessário entender que os mesmos visam reduzir o problema da sazonalidade. No fundo, o produto final dos eventos deveria ser um conjunto de 12 eventos, um por mês e que tivesse força total para interagir com os outros segmentos da cidade, como hospedagem e gastronomia ou seja trazer novos consumidores: turistas de evento. Os atores da capacitação não se limitam aos mandos operacionais e de gestão dos eventos mas incluem a população anfitriã, que precisa se integrar ao processo de organização dos eventos, participando em conselhos consultivos criados no âmbito das cidades.

Infelizmente, em muitos casos os gestores municipais entendem que devem organizar shows em praças públicas com artistas que cobram cachês elevadíssimos e que só servem para o lazer da população local. Nosso desafio é mudar a mentalidade de tais secretários e prefeitos,com uma diretriz mais profissional do conceito “evento”. Para tal, devem existir duas secretarias distintas: uma de turismo e outra de eventos, ideia lançada no Rio, quando César Maia foi Prefeito.

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O grande problema é que os eventos são criados aleatoriamente e se sobrepõem. Ontem, propus que cada cidade ou convention bureau tenha uma central de todos os eventos que acontecessem, para que futuros organizadores possam melhor dimensionar seus projetos. Só para  ter uma noção, o Rio sediava ontem evento Braztoa, o nosso (confirmado com bastante antecedência) e alguns workshops promocionais. Podem dizer que atendem segmentos diferentes, mas a curiosidade intelectual deveria fazer com que profissionais de diversas áreas entendessem outras atividades e saíssem de uma miopia existente no trade, que só quer ver seu nariz.

Por outro lado, deixei claro que devido ao perfil das empresas organizadoras de eventos e seus colaboradores, o ideal é que tivéssemos cursos na modalidade EAD. Sugeri um tecnólogo, um MBA em gestão de eventos e alguns cursos livres. O importante é conseguir bons parceiros que possam patrocinar o projeto e assim além de colaborar com a formação de profissionais, conseguir uma atividade inovadora no EAD, com encontros presenciais e vivências dentro de empresas.

O importante é conseguir bons parceiros que possam patrocinar o projeto e assim além de colaborar com a formação de profissionais, conseguir uma atividade inovadora no EAD, com encontros presenciais e vivências dentro de empresas.”

Mencionei a falta de visão das administrações municipal e estadual do RJ de não terem aproveitado o legado das Olimpíadas, para uma grande campanha promocional,sobretudo pela ociosidade hoteleira que hoje é uma marca do Rio, cidade cara e com problemas de violência urbana.

Lembro que essencial é a formação de um banco de dados de Eventos, que a Associação dos Embaixadores quer contribuir com sua expertise em pesquisa e sistematização de informações. Enfim,foi um momento de interação com profissionais de eventos e espero que possamos discutir aqui também…

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