“Um pierrô-retrocesso meio bossa nova e rock n roll”. Esse verso de Cazuza ajuda a entender um pouco o som da banda Uivo, que foi formada no bairro da Taquara, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Composta por Wagner Nunes (guitarra), Jean Pacheco (contrabaixo), Douglas Freitas (bateria) e Marcos Pires (voz e guitarra), a Uivo, ao mesmo tempo que valoriza letras com uma pegada MPB, não despensa a alma roqueira.
“Na verdade, a banda se uniu para ‘fazer um som’ em meados de 2004, com a ideia de ser algo totalmente diferente do que acabamos nos tornando hoje [risos]. Acredito que tínhamos simplesmente a vontade de ser nossos ídolos naquele momento, que se adequava talvez a um estilo mais para pop rock com uma pegada quase hard-rock e naquela época éramos cinco integrantes e eu só cantava. Com o passar do tempo e com a complicação das composições, que passamos identificar ‘uma cara’, a maneira de passar o recado, o cuidado na escrita com a ideia de tentar fazer dela algo interessante ou bonita de se ouvir. A partir disso, a banda começa a mudar, inclusive os integrantes, que da formação original tem somente o Wagner (guitarra) e eu”, conta o vocalista Marcos Pires.
Voltando ao som, esse estilo da Uivo pode ser melhor explicado se as influências da banda forem destacadas. Os integrantes ouvem Chico Buarque, Noel Rosa, The Doors, The Strokes, Kings of Leon, Devendra Banhart e muito mais.
Muita gente diz que não é fácil fazer rock no Brasil. Independentemente do rock que é feito. Contudo, resistir é a medalha de ouro de muita gente, inclusive da banda Uivo.
“Acredito que em um meio musical onde das 100 musicas mais tocadas no Brasil e nenhuma é rock e em uma cena que acena para uma evidente preferência por eternizar clássicos e valorizar a musica feita de qualquer maneira, acho que nosso maior feito é conseguir tocar as pessoas que ouvem as musicas, e sentir a sinceridade no olhar dos que comparecem ao show e sentem tudo aquilo que sentimos quando nos propusemos a fazê-la. Acho que isso é a nossa maior conquista”, frisa Douglas Freitas, o baterista.
Um dos destaques da banda são as letras. Elas são escritas por todos os integrantes – embora no atual repertório a maioria tenha sido feita pelo vocalista Marcos Pires -, da mesma forma (em colaboração coletiva) nasce o instrumental das canções.
De olho na presa próxima, a banda tem botes futuros bem próximos:
“A gente tem planos em curto prazo de lançar um novo clipe ainda esse ano: temos um show no Imperator, em setembro, onde devemos retirar algumas imagens para esse novo clipe, queremos, ainda, fazer uma ação de marketing no verão que seria levar nosso show em um formato acústico para tocar nos quiosques do Leme ao Pontal no fim de tarde e isso deve acontecer entre outubro e dezembro deste ano, temos feitos em media de três shows por mês e a nossa meta é continuar nessa pegada até dezembro e ano que vem. Queremos também lançar um EP com musicas inéditas para começar o ano com chave de ouro coroando também o ano de 2016 que está sendo maravilhoso para a banda, estamos muito empolgados e com muito tesão pelo nosso som, queremos continuar sintonizando o público na mesma vibração que a gente fica quanto sobe no palco”, destaca o batera Douglas.
Os chamados da Uivo estão próximos. Bom para quem curte a banda, o rock, as boas letras e tudo mais.
