PROJETO? QUE PROJETO?
Na quarta-feira, em plena sessão de votação dos projetos de lei, o Vereador Paulo Messina (PMDB)pediu ao Presidente da sessão e aos pares presentes, que fosse aberta uma sessão extraordinária.
Para votar um projeto importante para o desenvolvimento da cidade? Para aprovar algo que seja de grande interesse público carioca? Para ajudar os servidores?
Não, para aprovar títulos de cidadãos honorários da Cidade do Rio de Janeiro. Muitos vereadores estavam reclamando que não conseguia-se quórum para aprovar os tais títulos, já que eles estão sempre no final da pauta e a sessão sempre acaba caindo.
Segundo o site da Câmara, “os Títulos Honoríficos são o de Cidadão Benemérito, destinado às personalidades nascidas no Rio de Janeiro, e o de Cidadão Honorário, para aqueles que nasceram em outras localidades, ou mesmo que tenham prestado serviço à causa da democracia ou à causa da Humanidade, como diz o Regimento Interno. Ambos têm o intuito de agraciar pessoas que tenham contribuído de alguma forma para a melhoria da qualidade de vida não só dos cariocas como também do Brasil e do mundo.”
Pra frente, Rio!
PROJETO? QUE PROJETO? 2
Na quinta-feira, com mais de 20 vereadores marcando presença no telão da Câmara, foi iniciada a Ordem do Dia, momento mais importante, onde ocorrem as votações das proposições legislativas, às 16 horas, como de costume.
Acontece que logo de cara, no primeiro projeto a ser votado, não houve quórum de vereadores votantes. Segundo o Regimento Interno, quando há menos de 17 vereadores votando, a sessão cai automaticamente. Votaram 16 e assim aconteceu!
Foram todos para casa curtir o feriado!
UBER, SEMPRE ELE
O PL 1362-A/2015, da Vereadora Vera Lins (PP) – que de progressista não tem muita coisa – estava na marca do pênalti para ser votado e aprovado. Aos que não sabem, este é aquele projeto que veta o Uber dentro do Município do Rio.
Alguns taxistas estavam na Casa para acompanhar a votação e comemorar a aprovação. Saíram desolados. Dez minutos depois estava o grupo com a Vereadora, na porta da Câmara, ouvindo explicações sobre a não votação e a contínua concorrência “desleal” com os tais carros pretos.
PEDRO PAULO, PRESENTE!
Na tentativa de mostrar uma Prefeitura disponível para o diálogo, o Secretário de Governo Pedro Paulo esteve mais uma vez no Plenário para discutir os Projetos de Lei Complementar que tramitam e alteram diversos parâmetros urbanísticos na cidade.
PP, como é mais conhecido nos corredores do 13º andar do Centro Administrativo São Sebastião (nome de batismo da sede da Prefeitura), começou sua fala elogiando os servidores públicos municipais e dizendo que eram os melhores do país, dada a ocasião do dia do servidor, no último dia 28.
Mais tarde o Vereador Cesar Maia (Democratas), que até hoje é sempre lembrado pelo funcionalismo por considerarem o melhor Prefeito que a categoria já teve, pareceu não ter gostado muito da fala de seu ex-pupilo.
Maia disse que iria criar a “Medalha de Honra ao Mérito ao Cinismo”, já que “o servidor público municipal vive um dos maiores arrochos da história do funcionalismo da Prefeitura do Rio de Janeiro”.
AINDA PP
Quem circulava pelo saguão da Câmara enquanto rolava a audiência pública, via o Secretário PP sempre ao telefone, com semblante preocupado e andando de um lado para o outro.
Se tem relação com as últimas denúncias que saíram contra ele na imprensa, ninguém sabe…
TAXIS REGULAMENTADOS
Enfim, saiu a regulamentação dos taxistas. Após a derrubada de alguns vetos do Prefeito Eduardo Paes, passa a valer a Lei Complementar 159/2015, de autoria dos Vereadores S. Ferraz (PMDB) e Cesar Maia (Democratas).
Agora os taxistas poderão usar picapes, por exemplo, para o transporte de passageiros e cargas.
Aliás, uma curiosidade: um dos vetos era a um inciso que obriga os taxistas a obedecerem o Código de Transito Brasileiro. Não é de se estranhar vindo de alguém que gosta de dirigir um táxi sem licença para tal, né?
E VIVA A PALESTINA(?)
Não é só entre as paredes do Palácio Pedro Ernesto que há boas histórias. Pouco antes da manifestação das mulheres contra Eduardo Cunha, na última quarta-feira, um grupo de meia dúzia de pessoas bradava palavras de ordem contra Israel, Estados Unidos e a Rede Globo (???) e defendendo a Palestina.
