Semana na Câmara–Ainda em Clima de Recesso

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AINDA EM CLIMA DE RECESSO

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Terça-feira, 14 horas. Tecnicamente estão todos trabalhando, certo? Errado.

No primeiro dia de plenário, os senhores parlamentares não foram à Câmara e não pode abrir sessão ordinária por falta de quórum. Das 17 assinaturas necessárias, apenas 15 apareceram.

O motivo? Estavam todos almoçando com o Prefeito Eduardo Paes para “iniciar os trabalhos do ano”. Segundo a rádio corredor, o Prefeito apenas fez propaganda de suas atividades no último ano e pediu apoio para seus Projetos de Lei que estão tramitando na Câmara.

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Vida boa, não?

PAUTA? QUE PAUTA?

Na quarta-feira, na primeira sessão do ano com pauta de votações, haviam apenas dois vetos do Prefeito a projetos de vereadores.

O primeiro veto era a um projeto do Vereador Professor Rogério Rocal (PSDC), que dava nomes a logradouros na Zona Oeste da cidade. O segundo veto era a um projeto do Vereador Paulo Pinheiro (PSOL) que criava novos mecanismos de fiscalização às Organizações Sociais que gerem as unidades de saúde pública do município. Neste caso, apenas o líder do governo, Dr. Jairinho (PMDB) votou a favor do veto e contra mais fiscalização do dinheiro do contribuinte.

Após os vetos, apareceu um projeto em urgência, de autoria do Vereador Jorge Felippe (PMDB), que coloca todos os assentos do transporte público de massa na Cidade do Rio de Janeiro como assentos preferenciais para idosos, gestantes, pessoas com crianças de colo e pessoas com deficiência física. Apesar de polêmico, o projeto passou na votação em 1ª discussão.

DANÇA DAS CADEIRAS

E a eterna dança das cadeiras voltou mais uma vez ao Plenário Teotônio Vilella. O Vereador Átila Nunes (PMDB), que havia saído ano passado para assumir a cadeira de Deputado Federal, voltou esta semana, desolando o seu suplente, Edson Reis. Edson, não ficou mais do 5 sessões na Câmara Municipal…

E o Vereador Marcelo Arar saiu do PT para o PTB. Além dele, Jorge Braz saiu do PMDB e ficou sem partido, assim como Professor Rogério Rocal. Jr da Lucinha saiu do ninho tucano para o partido do Prefeito Eduardo Paes, onde foi recebido com muita festa. Por fim, Mário Junior saiu do PTB para o Democratas, ampliando a base deste de 3 para 4 vereadores, sob a liderança do Vereador Cesar Maia.

CRISE?! QUE CRISE?!

Na semana que acaba de passar, foi aprovado, em regime de urgência, um Projeto que cria a Secretaria de Envelhecimento Ativo, Resiliência e Cuidado (SEMEARC). Ela visa substituir a atual Secretaria Especial de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida.

Mas, em tempos de crise, onde os governos deveriam se preocupar em enxugar a máquina pública para poupar os cofres (e o contribuinte!), parece que o Prefeito Eduardo Paes quer mais é institucionalizar mais um cabide de empregos.

TODOS REZANDO

Corre na Rádio Corredor que todos os vereadores da base do governo estão rezando em conjunto para que alguém ilumine a cabeça do Prefeito, afim de trocar o candidato Pedro Paulo. Ninguém quer carregar nas costas o apoio a um homem que bateu na ex-esposa. Sensatos, não?

ANO ELEITORAL = PRODUTIVIDADE NULA

Nas últimas 4 semanas, em que a coluna esteve ausente, quase nada foi produzido na Câmara Municipal. Várias sessões sequer abriram por falta de quórum, assim como diversas votações caíram logo no início pela mesma razão.

Ao invés de se preocuparem em aprovar projetos de interesse deles (e por que não, da população carioca?), parece que os interesses estão mais focados em articulações para suas próprias reeleições.

A oposição, como sempre, tem estado presente, mas sem o sucesso que gostaria.

POVO NAS RUAS

Manifestação 2

O clima dentro do Palácio Pedro Ernesto pode ter sido ameno nas últimas semanas, mas destoa totalmente da Praça Floriano.

O funcionalismo público tem realizado constantes manifestações na escadaria da Câmara, contra a crise financeira e pedindo melhorias salarias.

Câmara dos Vereadores, manifestação

Além disso, o #ForaDilma também se fez presente nos últimos dias. Dezenas de manifestantes ficaram de manhã até de noite apitando e gritando palavras de ordem contra Dilma e Lula.

A Cinelândia, como sempre, sendo o palco de manifestações políticas no Rio de Janeiro.

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Após 40 anos de jornalismo cultural, decidi me focar no meu hobby: a política carioca. Aproveitando a aposentadoria, me dedico a escrever esta coluna semanal sobre os bastidores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O que os grandes jornais não mostram.
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