Teste Renault Kwid Intense; o subcompacto com melhor custo-benefício

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Testamos por duas semanas o novo Renault Kwid em Natal, RN. O subcompacto da Renault fez bonito no que ele promete, carro pequeno para apenas um casal ou pessoas solteiras com bastante economia e mobilidade dentro da cidade.

A versão topo de linha Intense é a que foi testada. Esta versão chega na casa dos R$ 40 mil, faixa de preço em que o modelo já encontra adversários cascudos. Ele traz o mesmo motor 1.0 de três cilindros que equipa o restante da linha Renault (Sandero e Logan), porém com simplificações que o deixam mais barato e menos sofisticado.

A principal delas é que, no caso do Kwid, o duplo comando de válvulas não é variável, o que compromete seu desempenho em diferentes regimes de rotação. Já a herança maldita da família de motores SCe é o pouco prático tanquinho de partida a frio. O modelo chega para concorrer diretamente com o Fiat Mobi e o Volkswagen Up no mercado de subcompactos.

Design

Diversos itens encontrados normalmente em carros básicos não aparacem no Kwid. Claro que para bater no preço dos concorrentes citados acima, a empresa tinha que cortar alguns itens do veículo.

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O usuário só dará conta quando precisar destes itens, que, na maioria das vezes são triviais. As rodas são fixadas com três parafusos, não quatro, e o limpador de para-brisa é solitário. Não há cinto de segurança de três pontos para todos os passageiros.

Só a versão Intense que testamos tem apoio de cabeça traseiro central. Os vidros elétricos (apenas nas portas dianteiras) não têm aquela função de “um toque”, que abre e fecha sem ter que ficar segurando o botão. Para sair do carro é preciso apertar o botão no console central – a trava elétrica não libera sozinha quando o motor é desligado.

A iluminação interna é fraca e ausente no porta-luvas e no porta-malas. Nas versões mais simples, o ajuste dos retrovisores é manual, não há farol de neblina, nem maçanetas e para-choques na cor do veículo, bolsas integradas no banco, nem abertura elétrica do porta-malas. As rodas são sempre de aço com 14 polegadas e calotas.

Desempenho

Com motor 1.0 de até 70 cv a 5.500 rpm e 9,8 kgfm a 4.250 rpm mostrou bom folego dentro da cidade de Natal. O hatch é ágil, mas sempre pede reduções de marcha mesmo sem subir ladeiras.

Em pequenas subidas você logo lembra que está dentro de um carro 1.0. A falta de agilidade em baixa pode ser justificada pelo comando simples, tudo para baratear o preço final do modelo. O desempenho não é muito afetado pelo funcionamento do ar-condicionado. Já com o carro carregado, o desempenho fica comprometido, sendo necessário deixar os giros nas alturas.

Renault Kwid Intense foi testado em Natal (RN) Renault Kwid Intense foi testado em Natal (RN) Renault Kwid Intense foi testado em Natal (RN)

A direção elétrica, bem calibrada em baixas velocidades, facilita muitas das manobras. O câmbio de cinco velocidades tem curso curto. Não tive problemas nos engates, mas por vezes, a terceira marcha cismava entrar no lugar da primeira.

A suspensão é mais dura do que no Sandero e no Logan, para deixar o “magrinho” Kwid mais estável. No entanto, a consequência disso é que ele acaba repassando os impactos mais duros e secos diretamente para os bancos dos passageiros.

Assim como a versão mais barata, o painel de instrumentos da versão Zen tem apenas velocímetro, capacidade do tanque de combustível, quilometragem e os demais sinais de cinto, farol, freio, etc. Não traz o conta-giros muito menos um computador de bordo. O indicador de troca de marchas, que ajudaria a perceber a rotação do motor, aparece como uma faixa de luz que troca de cor, do verde (boa marcha) ao vermelho (marcha ruim).

O consumo de combustível foi realmente campeão. O Kwid fez impressionantes 14,5 km/L dentro da cidade na gasolina. Com o seu tanque de apenas de 38 litros deu para rodar para praias e passeios pequenos por duas semanas com o mesmo tanque.

Renault Kwid Intense foi testado em Natal (RN)
Foto: Luiz Dias

Vale ressaltar que o modelo O Renault Kwid foi classificado com três estrelas nos testes de impacto do Latin NCAP, tanto para adultos quanto para crianças. O compacto é o único modelo popular vendido no Brasil a sair de fábrica com airbags laterais. Isso foi muito elogiado pelo instituto, mas não escapou de algumas críticas.

O resultado obtido pelo Kwid foi superior aos números de dois populares testados em 2017: Ford Ka, nas versões hatch e sedã e Chevrolet Onix, que zeraram o teste feito pelo instituto.

Pontos positivos

  • Economia na hora de abastecer, fez 14,5 Km/L dentro da cidade com gasolina;
  • Acabamento dos bancos e detalhes nas portas superam carros na mesma faixa de preço;
  • Ganhou 3 estrelas na segurança pelo Latin NCAP;
  • Altos ângulos de entrada e saída – com 18cm do solo ajuda nas lombadas com o carro vazio.

Pontos negativos

  • Subidas longas e bem ingrimes precisam sempre da primeira marcha;
  • Acabamento frontal todo em plástico duro;
  • Espaço interno é comprometido quando 3 passageiros pequenos sentam no banco traseiro, haja briga de ombros;
  • Caixas de som somente na frente e sobre o painel, nada na parte de trás;
  • Painel não traz conta-giro ou computador de bordo;
  • Boa acústica interna, mesmo em altos giros do motor não me atrapalhou em nada;
  • Já teve recall por problemas nos freios e no tubo de combustível, problemas afetam quase todas as unidades fabricadas desde o lançamento.

Preços e versões do Kwid

Kwid Life 1.01.0 12v SCe17/1829.990
Kwid Zen 1.01.0 12v SCe17/1835.990
Kwid Intense 1.01.0 12v SCe17/1839.990

 

Renault Kwid Intense foi testado em Natal (RN)

Ficha técnica do Kwid

  • Motor: Dianteiro, transversal, 3 cil. em linha, 1.0, 12V, comando duplo (sem variação de fase), injeção multiponto;
  • Potência: 70/66 cv a 5.500 rpm;
  • Torque: 9,8/9,4 kgfm a 4.250 rpm;
  • Câmbio: Manual de 5 marchas e tração dianteira;
  • Direção: Elétrica;
  • Suspensão: Indep. McPherson (diant.) e eixo de torção (tras.);
  • Freios: discos sólidos (diant.) e tambores (tras.);
  • Pneus: 165/70 R14;
  • Dimensões Compr.: 3,68 m, Largura: 1,57 m, Altura: 1,47 m, Entre-eixos: 2,42 m;
  • Tanque: 38 litros;
  • Porta-malas: 290 litros;
  • Peso: 798 kg;
  • Central multimídia: 7 polegadas, sensível ao toque;
  • Garantia: 3 anos;
  • Cesta de peças: R$ 3.861;
  • Seguro: R$ 1.498;
  • Revisões 10 mil km: R$ 349, 20 mil km: R$ 349 e 30 mil km: R$ 349.

Deixo aqui um vídeo review do Kwid feito pelo Emilio Camanzi com a versão Intense, a mesma que testamos:

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