Um olhar estrangeiro sobre o Rio de Janeiro

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 Foto de Desirae
Você sabe o gentílico de quem nasce em Angra? A cidade do Rio de Janeiro pode ser uma maravilha, mas suas belezas vão além. Que nos digam alguns moradores de Belford Roxo, Duque de Caxias, Nilópolis, Nova Iguaçu e adjacências. Quem nunca ouviu algo como “é carioca, mas não conhece nada do Rio de Janeiro”? Bem, quem nasce em Angra dos Reis é angrense. Tudo bem que a Ilha Grande não se localize na cidade do Rio, e nem em Nova Iguaçu, mas o olhar estrangeiro de hoje vai além de você que é fluminense.

A questão em pauta é como os outros nos veem. Por vezes nos sentimos prejudicados pela colonização, que deixou quase todos os países vizinhos falando uma língua diferente da nossa. Porém isso logo será revisto. Eu explico.  O Brasil pode ser um dos únicos a falar português, só que isso não tem problema, pois aquela história de que vivemos em um país continental é a pura verdade. Quem vive no Sul do Brasil e não nasceu lá, assim como eu, tem uma noção clara dessa geopolítica.

Aqui em Santa Catarina, assim que alguém me ouve falando carioquês logo pergunta se eu sou de São Paulo. Catarinenses valorizam muito os paulistas. Mas essa é outra história. Conheço mineiros de sotaque forte que por aqui são questionados se são baianos, pernambucanos ou paraibanos… O sul é outro país. Nem melhor nem pior, apenas diferente. É realmente uma experiência antropológica. Coisa de outro mundo.

Nós, que temos uma vivência mais próxima com os mineiros, paulistas e baianos, sabemos que o som é totalmente diferente. Para muitos catarinenses, é igual. O povo daqui é muito inteligente, com um bom nível de educação, excelente qualidade de vida e cidadania, mas possui esse olhar estrangeiro, de quem vive em um país continental. Nessas horas, buscamos nossa real identidade e perguntamos o quanto nos conhecemos.

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Bom Jesus de Itabapoana, Petrópolis, Santo Antônio de Pádua… Sabe o que todos os brasileiros nascidos no Estado do Rio têm em comum por aqui? Pois bem, em Santa Catarina eles são todos Cariocas. Depois de anos vivendo como se existisse uma diferença entre o fluminense do interior e o da capital, quando vêm pra cá são todos iguais.

Corremos o risco de ser confundidos com Paulistas, mas com certeza bom-jesuenses, petropolitanos e paduanos nunca mais serão os mesmos. Uma vez carioca sempre carioca. E vem dizer o contrário para ver só no que dá! Nós, cariocas, também temos muito disso. Não identificamos o som que diferencia pernambucanos de paraibanos e achamos que catarinense é gaúcho. Isso pode “dar até morte” fora do Rio, mas o assunto aqui não esse.

Hoje lanço um olhar sobre o “olhar estrangeiro”, que nos separa do resto do Brasil e ao mesmo tempo nos une. O que é o Brasil? O que é o Rio de Janeiro? Geograficamente, isso é fácil de ser respondido, mas somos muito mais do que geografia.

Olha que delícia é ser Carioca. Muitos experimentam isso pela primeira vez só quando saem do Estado do Rio. Tudo bem, tá valendo, o que importa é o sentimento. Existe algo mais acolhedor? As belezas do Rio vão além, como já predizia a portuguesa Carmem Miranda.

Exercitar esse carinho e respeito pelos estrangeiros irmãos é sempre recompensador.  O amor não tem fronteiras. Muito menos o Brasil e sua Capital Emocional, o Rio de Janeiro.

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Carioca, casado, apaixonado de sonhos apaixonantes, nascido no Humaitá, criado entre o mar da Zona Sul e a serra de Petrópolis; Tenho formação em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, pela falecida Escola de Comunicação e Artes UniverCidade – Ipanema, e mais alguns outros cursos na área, como o de Roteiro, pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Passei por diversas agências de comunicação no Rio de Janeiro, como Criativo, e hoje em dia faço o mesmo daqui de Blumenau/SC.
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