Na próxima segunda-feira (03/08), a Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), dará início a 3ª fase de testes rápidos para Covid-19 em comunidades da capital fluminense. A ação terá como objetivo identificar o percentual de infectados pelo Coronavírus e fazer o planejamento estratégico da ampliação das atividades econômicas e serviços em geral. Nas duas primeiras fases (junho e julho), foram aplicados 6.414 testes em moradores de 6 localidades: Rio das Pedras, Cidade de Deus, Rocinha, Maré, Realengo e Campo Grande, regiões que serão novamente visitadas em agosto. Já em setembro, outubro e novembro, o programa será realizado na Mangueira, Santo Cristo, Gamboa, Jacaré, Borel e Chapadão. A meta é testar cerca de 20 mil pessoas em moradias escolhidas por sorteio.
A testagem é rápida e feita por agentes de saúde da Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância de Saúde (Subpav). Os dados são enviados à Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses (Subvisa), responsável pelo georreferenciamento das informações para alimentar o painel de Inquérito Soroepidemiológico Covid-19 desenvolvido por técnicos do Instituto Pereira Passos (IPP). Disponibilizado no site Rio Contra o Corona, o aplicativo contém mapas, perguntas e respostas e outros detalhes sobre a testagem.
”Além de dar transparência às informações sobre a incidência do Coronavírus, o estudo possibilita o controle da retomada do comércio em locais de grande adensamento e com baixo poder aquisitivo. O programa nos permite ver a expansão viral nessas áreas e fazer um planejamento estratégico para a diminuição ou ampliação das atividades econômicas e dos serviços”, diz Márcia Rolim, subsecretária de Vigilância Sanitária do Rio.
Beatriz Busch, secretária de Saúde do município, por sua vez, ressalta a importância dos testes rápidos no mapeamento da doença nas comunidades.
”Nós queremos conhecer a prevalência sorológica da doença, quantas pessoas foram infectadas pelo Coronavírus. Para isso, estamos testando pessoas que vivem em comunidades com maior vulnerabilidade, locais onde muitos convivem em espaços menores”, explica a secretária.
Já Isabela Souza, diretora da Divisão de Vigilância em Saúde da região de Realengo, Bangu e adjacências, destaca a importância da testagem para o acompanhamento e controle da doença na cidade.
”Esse monitoramento rápido da Covid-19 contribui para o entendimento da distribuição dessa doença dentro do nosso município, fundamental para a definição das políticas de saúde”, complementa Isabela.
O trabalho das equipes da SMS responsáveis pela testagem tem total aprovação dos moradores das comunidades visitadas: ”É muito simples, rápido de fazer e não dói nada”, diz Luciana de Souza Gabriel, moradora de Realengo.
