Não é apenas Jandira Feghali (PCdoB) que aparece na delação premiada de Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro. Dos cerca de 20 políticos para os quais ele teria repassado propina, quase 1/4 é do Rio de Janeiro. Os nomes que aparecem, além de Jandira, são os de Edson Santos (PT), Francisco Dornelles (PP), Luiz Sergio (PT) e Jorge Bittar (PT).
Machado ficou no comando da subsidiária da Petrobras de 2003 a novembro de 2014. Segundo ele, os políticos indicavam aliados para cargos em empresas estatais para conseguir “maior volume possível de recursos ilícitos tanto para campanhas eleitorais quanto para outras finalidades”. De acordo com Machado, a função dos diretores indicados era administrar as empresas e “arrecadar propina para os políticos que os indicaram”.
As respostas
Em nota a deputada Jandira disse que se encontrou com Machado sim, mas que: “Foram encontros públicos, reuniões do setor da indústria naval, inaugurações, episódios vinculados aos mais de 30 anos de luta em apoio e soerguimento do setor naval e defesa de seus trabalhadores”.
E que todas as doações foram legais. Mesma resposta do deputado Luiz Sérgio.
Já sobre Dornelles, a assessoria de imprensa disse que ele “não disputou eleições em 2008, 2010 e 2012. Todas as doações relativas às eleições que disputou foram informadas e aprovadas pelos tribunais competentes”.
Edson Santos disse que quando deputado manteve relação com a Transpetro já que era presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Marítima Brasileira: “Fui presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Marítima Brasileira e tive relação com a Transpetro por este motivo. Não houve nada fora do script. Não procurei Sérgio Machado para pedir propina. Minha relação pessoal com ele não chegava a esse nível de intimidade. A doação foi legal e está registrada no TSE. Estou mais pobre do que quando entrei na política. O delator está desviando o foco da investigação, quem tem milhões lá fora deve ser o foco, e não doações legais de empresas”
O ex-deputado Bittar disse que nunca teve qualquer relação ou reunião com Sérgio Machado com objetivo de solicitar recursos para sua campanha eleitoral
