37% dos cariocas consideram morar no Centro do Rio

Quase 40% dos cariocas afirmam que morariam no Centro da Cidade em pesquisa realizada pelo Instituto Rio 21 com moradores de todas as regiões do Rio.

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Imagem apenas ilustrativa | Foto Cleomir Tavares / Diario do Rio

O Instituto Rio21, especializado em pesquisas profissionais sobre a cidade, a pedido do DIÁRIO DO RIO, quis saber dos cariocas se eles considerariam mudar-se para o Centro do Rio, neste momento em que tanto se fala em revitalizá-lo e revivê-lo. Apesar da atual situação do bairro, e de toda a crise, 37% responderam que considerariam se mudar pro Centro. A pesquisa, que foi feita com uma amostra de pessoas que representa cientificamente a cidade, mostra o alto potencial da região e o acerto do projeto #revivercentro, que vem sendo tocado pelo urbanista Washington Fajardo, atual secretário de planejamento urbano.

Por outro lado, 35,1% dos cariocas disse que não se mudariam de forma alguma para o Centro, o que pode indicar a necessidade de que possa ser preciso uma ampla divulgação dos benefícios de morar em um local com várias comodidades, estando dentre as principais, estar próximo ao trabalho, de todos os modais de transporte, e de tantos equipamentos culturais.

Desde o início do 3º mandato de Eduardo Paes (DEM), vem sendo sinalizada uma vontade política grande de se realizar uma mudança quase completa do panorama do Centro do Rio. Como é o caso do Projeto de Lei Complementar 8/2021 apresentado pela Prefeitura do Rio a Câmara dos Vereadores do Rio, que prevê a criação do Programa Reviver Centro, que pretende requalificação urbana e ambiental, além de incentivos à conservação e reconversão das edificações existentes e à produção de unidades residenciais. Quer-se um maior adensamento residencial na região, tendo em vista que muitos edifícios comerciais antigos são desatualizados e se tornaram indesejáveis para as empresas em geral.

Além da mudança que se deseja principalmente para os usos misto e residencial, a Prefeitura, em especial na figura do Secretário de Planejamento Urbano, quer implementar o Distrito do Conhecimento do Centro, com o intuito de atrair novos negócios dos setores culturais, criativos e de inovação e tecnologia, isso além de evitar a evasão dos existentes.

O Reviver Centro tem entre seus objetivos:

  • Programa de Locação Social;
  • Programa de Moradia Assistida;
  • Programa Esculturas Urbanas;
  • Programa de Conservação Crítica dos Monumentos;
  • Distrito de Baixa Emissão;
  • Distrito de Conhecimento do Centro.

São mais de 80 artigos que podem mudar totalmente a cara do Centro do Rio, local onde foi fundada a nossa cidade, e que vem sofrendo há anos – mas princioalmente nos últimos 4 – uma degradação urbana. Claro que piorou também com o incremento de centros comerciais de bairro e a crise econômica recente, especialmente a causada pelo mau governo de Marcelo Crivella – um período considerado negro na história da região central por especialistas – e a recente pandemia do Coronavírus.

Não há dúvidas que se hoje, 35,1% garantem que mudariam para o Centro, em alguns anos esse número crescerá ainda mais, conforme for sendo sentida a melhora. Sinais muito positivos pra o Rio de Janeiro. O Instituto pesquisou a possibilidade de mudar-se para o Centro junto aos moradores de cada uma das regiões da cidade, mas isto é assunto pra outra matéria.

A pesquisa foi feita pelo Instituto Rio21, com 714 respondentes, distribuídos pelas zonas Sul, Norte, e Oeste, entre os dias 10 de fevereiro e 8 de março. Por amostra não probabilística ponderada por características populacionais (faixa etária, zona da cidade de moradia e raça, segundo dados do Censo 2010 (IBGE) para a cidade do Rio de Janeiro)

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2 COMENTÁRIOS

  1. Seria uma condição a ser avaliada, mas se o home officer prevalecer, qual seria a vantegem se voçe pode trabalhar de casa e fazer todas as compras proximo de onde voçe mora. Nas condições normais as lojas , restaurantes, salões …. sobrevivem no centro do Rio devido ao pessoal que trabalha no centro.

  2. O Centro do Rio de Janeiro é o coração desta cidade. Que acaba se estendendo bairros ao seu entorno e de infinitos contornos maravilhosos, e de uma história política, social, política que ganham linhas todos os dias, pois por aqui passa o Brasil, não dá para contar séculos deste país sem falar do Estado do Rio de Janeiro, mas, principalmente, do centro do Rio de Janeiro. Que na maioria das vezes é valorizado por quem não nasceu aqui. pois muitos dos nascidos mas conhecem o centro do Rio de Janeiro, —aliás, o conhece bem, quem anda a pé por suas ruas de calçadas extremamentes irregulares, muitas carregando mesmo os séculos nas costas. Lembrando bem, em tempos que nem imaginava home office, o centro do Rio de Janeiro já tinha milhares de comerciantes que moravam no andar de cima do sobrado e tinha seu trabalho embaixo. Vale a pena e muito pensar o Centro do Rio de Janeiro, em realmente revitalizar e valorizar, com limpeza (lixeiras nos lugares), bancos, ruas mais arborizadas, sem os moradores de rua, calçadas sem buracos, a continuidade da segurança presente, um comércio de necessidades mais robusto, como hipermercados, shoppings, atendimento 24 horas ao turista, aí sim, talvez teremos um centro mais humano e atrativo para moradias, com muitos turistas dia e noite, geração de emprego, renda. Outros países do mundo já conseguiram isso, está passando da hora de sermos também exemplos.

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