Crítica Teatral: Maria – O melhor do menino grande

As músicas e os textos levam a que percebamos um outro olhar sobre a cidade, e um outro jeitão de ver como o homem se relaciona com o que a vida se lhe apresenta

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O Rio sempre criou os cariocas honorários. Figuras nascidas em qualquer lugar deste mundo de Cristo transformam-se em cariocas de gema. Gente que se torna familiar, “melhor amigo de infância”, nossas inspirações, daquelas que viram texto anônimo no Facebook. Assim foi Antonio Maria, o doce jornalista pernambucano, poeta e músico, cujo coração explodiu de paixão. E toda essa emoção está em “Maria”, no Teatro Petra Gold.

Com brilhante atuação de Cláudio Mendes e direção poética de Inez Viana, o espetáculo tem uma estrutura leve que permite entender a grandeza do personagem a partir não dos dados biográficos, mas de como ele expressava seus sentimentos. São as canções, as crônicas que constroem um mosaico lindo.

A respeito de sua atuação, Cláudio Mendes comenta que “não há uma tentativa de mimetizar o personagem Antônio Maria, reproduzindo sotaques, trejeitos e voz, porém o texto é todo dito em primeira pessoa. Então, é o Antônio Maria na voz do ator Cláudio Mendes.” E citando seu envolvimento com este trabalho, Cláudio diz: “Minha alma colou na do Maria desde a primeira leitura”.

O roteiro retrata Maria voltando da boêmia, para seu apartamento, em Copacabana. As músicas e os textos levam a que percebamos um outro olhar sobre a cidade, e um outro jeitão de ver como o homem se relaciona com o que a vida se lhe apresenta. Pode ser poesia, pode ser descrença, mas, como Maria provou, vale a pena quando é amor.

Serviço
Teatro Petra Gold
Horário:  Sábados às 19h – presencial e online
www.sympla.com.br

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Nota
Direção
Texto
Interpretação
Cenários e figurinos
Jornalista, publicitária, professora universitária de Comunicação, Doutora em Literatura, Bacharel em Direito, gestora cultural e de marcas. Mãe do João e do Chico, avó da Rosa e do Nuno. Com os olhos e os ouvidos sempre ligados no mundo e um nariz arrebitado que não abaixa por nada.
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