O que mulher gosta mais de ver em futebol? As coxas, as bundas, a barriga de tanque. Tudo um “ai, meu deus”. Pois é, o espetáculo Samba Futebol Clube, musical dirigido por Gustavo Gasparini e com roteiro de João Pimentel, traz oito atores que cantam, dançam, tocam os instrumentos com a competência da Seleção da Alemanha, com a garra da Argentina e a tecnicidade da Holanda. Os atores apresentam um roteiro que é formado por um mosaico de textos de cronistas consagrados como Drummond e Nelson Rodrigues, memórias dos atores e do diretor, que acabam por nos emocionar e lembrar que, de certa forma, ainda somos os maiores do mundo quando se mistura altíssima habilidade, futebol, música e literatura.
O elenco é formado por Alan Rocha, Cristiano Gualda, Daniel Carneiro, Gabriel Manita, Jonas Hammar, Luiz Nicolau, Pedro Lima e Rodrigo Lima, uma seleção de oito craques que encarnam com um talento raramente visto a galeria de torcedores, locutores, jogadores, técnicos e até mesmo os cartolas. Enfim, todos os tipos do futebol aparecem nos textos, nos diálogos, nas músicas.
“Em Samba Futebol Clube, realizei um desejo antigo de criar um espetáculo musical inédito, nos moldes do processo criativo da Cia dos Atores – grupo de teatro do qual faço parte há 25 ano. Eu, juntamente com os atores, o coreógrafo e o diretor musical, realizamos workshops sobre o tema, onde cada um trouxe ao espetáculo sua vivência como torcedor de futebol. E, a partir daí, criamos um mosaico entre música, letra, poesia e depoimentos pessoais que retrata o Brasil pelos olhos da equipe e dos autores das músicas e dos textos,” diz Gustavo Gasparani, o roteirista/diretor.
A ideia, que poderia parecer óbvia, é, na verdade, um ovo de Colombo. As lindas canções, os textos dos melhores cronistas, numa costura artesanal desenhada a filigrana fazem a plateia voltar às boas lembranças das torcidas, esquecer a tristeza da goleada levada pelo Brasil na Copa do Mundo. E termos certeza que assunto para se cantar o futebol em prosa e verso é o que não falta.
Bom dia,
Antonio Celso de São João de Meriti.
Gostei muito da coluna, contudo não encontrei em qual teatro está sendo apresentado.
Obrigado.