Homem leva choque ao tentar furtar cabos de energia elétrica em Vila Isabel

Vila Isabel enfrenta um apagão de semáforos por conta do repetido furto de placas e fios, que são arrancados por moradores de rua e usuários de drogas

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Ao tentar puxar a tampa, o ladrão levou um choque / Reprodução

As câmeras de segurança de um condomínio filmaram um homem levando um choque ao levantar a tampa de uma caixa subterrânea para furtar os cabos de energia elétrica. O incidente aconteceu na Rua Boulevard 28 de Setembro, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta (21). As informações são da página Grande Tijuca (GT).

O bairro enfrenta um apagão de semáforos por conta do furto de placas e fios, que são impiedosamente arrancados por moradores de rua e usuários de drogas para serem comercializados em ferros-velhos por uma ninharia. Comerciantes e moradores de Vila Isabel reclamam que as ruas ficam ainda mais perigosas após os furtos dos cabos de energia. Sem contar que, uma vez que os semáforos estão apagados, os riscos de acidentes de trânsito se multiplicam.

Segundo o GT, um levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-RIO) identificou mais de 100 cruzamentos apagados em decorrência de furto parcial ou total de cabos de força. O levantamento identificou ainda que mais de 40 mil metros de cabos semafóricos foram subtraídos, causando à Prefeitura um prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil. A Grande Tijuca seria uma das regiões da capital fluminense com mais sinais apagados em razão dos furtos de cabos e placas.

O DIÁRIO DO RIO vem noticiando as ações constantes dos ladrões da rede elétrica carioca e os prejuízos incalculáveis por eles gerados. No no último dia 8, o DIÁRIO publicou uma matéria sobre os esforços da Rio Luz para conter a sanha dos ladrões de cabos de cobre na Linha Vermelha. Somente no mês de julho foram trocados oito mil quilômetros de cabos de cobre por alumínio, que tem menor valor comercial. O cabo de cobre chega a custar até quatro vezes mais do que o de alumínio no mercado, segundo o presidente da Rioluz, Paulo Cezar dos Santos.

De acordo com a SmartLuz, o prejuízo de maio a junho dobrou, de 250 mil reais para R$504 mil, somente com reparos de furtos de 29 mil metros de cabos e 111 luminárias de LED roubadas do sistema de iluminação pública.

Os passageiros do trens da Supervia também são atingidos pelos furtos de cabos da rede elétrica, conforme noticiou o DIÁRIO DO RIO, no dia 29/06. Segundo um levantamento feito pela companhia, os furtos de tais itens, entre janeiro e junho de 2022, registraram um aumento de 60% das ocorrências e de 75% na quantidade de cabos furtados em comparação a 2021. A Supervia verificou mais de 900 furtos e mais de 56 quilômetros de cabos subtraídos. Tamanha depredação gera impacto direto na vida dos usuários e da cidade em decorrência dos atrasos e superlotação das composições. Os ramais de Santa Cruz, Japeri e Saracuruna são os mais atingidos.

No dia 20/06, o jornal repercutiu o relatório da Rioluz e da Smartluz que demonstrou os prejuízos causados pelos furtos de cabos de energia no Rio de Janeiro: R$ 250 mil mensais, apenas com reposição de equipamentos. O Maracanã, na Grande Tijuca, seria o bairro campeão em ocorrências de tais crimes. Na tentativa de identificar os ladrões, foram instaladas oito câmeras de fiscalização em pontos estratégicos para flagrar as investidas dos criminosos e ajudar a polícia com informações.

Os ladrões não poupam sequer os estudantes da rede pública de ensino. No dia 3/06, o DIÁRIO informou que os 600 alunos do Ciep Vinícius de Morais, no Jacarezinho, Zona Norte do Rio, ficaram sem aulas por que a instituição estava sem energia elétrica desde o dia 13/05, em decorrência dos furtos de cabos de energia da unidade, que fica ao lado da sede do programa Cidade Integrada. Para tentar poupar os alunos de mais prejuízos, a Secretaria Municipal de Educação informou que providenciaria O cabeamento subterrâneo para evitar novos furtos nas suas instalações elétricas.

No dia 25/05, foi a vez dos usuários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), da Praça da Bandeira, na Zona Norte do Rio, sofrerem com o furto dos cabos de energia do prédio, que ficou fechado por vários dias, conforme noticiou o DIÁRIO DO RIO, em 27/05. Todos os procedimentos realizados na unidade ficaram suspensos durante o período.

Na tentativa de conter a ação dos ladrões do material, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou, no dia 04/07, uma medida exigindo que os ferros-velhos do Rio solicitem uma autorização da Delegacia de Roubos e Furtos para funcionar. Os donos dos estabelecimentos terão que declarar a destinação do material e onde ele foi comprado. A partir de agosto, pontos flagrados sem o RAF pagarão multa e podem ser interditados. A lei visa a coibir a receptação de materiais furtados, como os cabos da Supervia.

Em março, o Prefeito Eduardo Paes (PSD) sancionou a Lei Complementar nº 241/2022 proibindo os ferros velhos da cidade do Rio de receber, armazenar e vender hidrômetros e fios de cobre de origem desconhecida, bem como bueiros e ralos de logradouros públicos, esculturas públicas, semáforos e placas de sinalização de trânsito. Com a nova lei, o poder público municipal visa coibir, entre outros, os constantes roubos a cabos no sistema ferroviário. A lei foi publicada no Diário Oficial do Município no dia 21/03, como noticiou o DIÁRIO DO RIO.  Pelo texto, o desrespeito à lei pode acarretar cassação sumária do alvará de licença e funcionamento do ferro velho, além do caso ser encaminhado à polícia.

Um dos autores da lei, vereador Rafael Aloisio Freitas (Cidadania), afirmou que o objetivo da medida é fechar o cerco à receptação deste tipo de material: “a gente restringe mais ainda o recebimento de certo de materiais por parte dos ferros velhos e amplia o poder de fiscalização da Prefeitura em cima desses estabelecimentos”. A Prefeitura também poderá criar um canal de comunicação específico para receber denúncias.

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22 COMENTÁRIOS

  1. Infelizmente, vive me os tempos difíceis. Mas é OBRIGAÇÃO do poder público sanar e corrigir brechas em sua administração precária como sempre. Já passou do limite tais roubos por toda a cidade, privando o cidadão de bem e pagador de seus caros e abusivos impostos de ter um mínimo de conforto.
    PREFEITURA, precisamos de recapeamento em inúmeras ruas da cidade. O Sr. Prefeito ainda não aprendeu nada de país de primeiro mundo, onde colocou sua família pra viver fugindo desse inferno de nossa cidade.

  2. A SmartLuz não sabe em que buraco se meteu quando venceu o leilão desta cidade incivilizada.

    Do jeito que aqui o poste mija no cachorro, o cara ainda irá processar pela “ofendícula em excesso”. E muitos aqui irão concordar e apoiar. E vai levar indenização.

    O Zimbábue será primeiro mundo antes do Rio de Janeiro.

  3. Poderia ser criada uma lei para poder decepar as duas mãos desses indivíduos. Acho difícil, depois disso, eles voltarem a furtar algo. Sem falar do recado que uma lei como essa mandaria para os que gostam de furtar e roubar!?

  4. Antigamente, as empresas e comerciantes pagavam.um extra aos policiais para sumir com esse tipo de ladrão mas hoje em dia c tanto mimimi e pessoas tentando justificar o injustificavel, chegamos a esse ponto de que nada é feito contra essa gentinha.

  5. Notícia boa pra vocês que estão com esse cool gordo sentado no sofá e com a pança cheia de macarrão que a patroa danada fez no almoço de sábado. Estamos nessa merda pq o horizonte de vocês vai até o ” meliante “.

  6. Esta é uma boa notícia!
    O meliante recebeu uma descarga elétrica. O ideal é que tivesse sido eletrocutado.
    O furto de cabos de energia e de dados deve ser combatido com o rigor da Lei: punir quem rouba e quem opera a receptação.
    A Prefeitura e a Câmara Municipal estão de parabéns por endurecer as Leis contra essa praga dos Ferros Velhos.

  7. O furto de ferro velho pode ser eliminado com lei que proíba a compra de resíduos em ferro velho para reciclagem, deixando essa venda exclusiva pelos aterros sanitários que por sua vez ficariam impedidos de comprar esse resíduo.

  8. Click bait. Sobre a situação do choque nada se falou praticamente. Não me importo com o homem, mas a matéria tem que dar ênfase ao tema proposto.

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