O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está planejando mobilizar cerca de R$ 250 bilhões até 2026 para apoiar projetos de neoindustrialização, como parte do plano Mais Produção. Os recursos mencionados integram o montante total de R$ 300 bilhões previsto para esse plano, que é gerido pelo BNDES, Finep e Embrapii. Essa iniciativa é uma componente essencial da nova política de desenvolvimento industrial que será apresentada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).
O plano Mais Produção é estruturado em quatro eixos principais: Mais Inovadora e Digital, Mais Verde, Mais Exportadora e Mais Produtiva. Esses eixos delineiam as expectativas para a indústria brasileira nos próximos anos. O BNDES e a Finep já iniciaram a implementação de algumas ações do plano, como o Programa Mais Inovação, que oferece crédito com condições específicas, incluindo a Taxa Referencial (TR) mais 2%, além de recursos não reembolsáveis.
Em 2023, o BNDES informou que já foram aprovados R$ 77,5 bilhões para projetos que agora fazem parte do escopo do Mais Produção. Desse montante, R$ 67 bilhões foram disponibilizados pelo BNDES, enquanto a Finep contribuiu com R$ 10,5 bilhões. Empresas de todos os portes e institutos de ciência e tecnologia (ICTs) têm acesso a esses recursos por meio de diversas linhas e programas de financiamento, sejam reembolsáveis ou não reembolsáveis, assim como instrumentos do mercado de capitais.
No âmbito das ações de inovação, o plano une recursos do Programa Mais Inovação, do recém-criado Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT), além de instrumentos de mercado de capitais alinhados às prioridades estabelecidas nas missões industriais do CNDI e estruturados pelo BNDES. Essa abordagem visa impulsionar significativamente o desenvolvimento industrial e tecnológico no país.