Dra. Priscila Osorio, alergologista, considera muito importante esse alerta, uma vez que as alergias acometem muitas pessoas. “O sistema imunológico responde de forma exagerada a uma substância após exposição à mesma. As alergias ocorrem em indivíduos previamente sensibilizados e com predisposição genética, na maioria das vezes”, informa.
Em julho comemora-se o Dia Mundial da Alergia. A data foi criada com o intuito de alertar as pessoas sobre a importância do assunto. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o fim do século, metade da população sofrerá algum tipo de alergia. Cerca de 30% da população mundial possuem, por exemplo, algum tipo de intolerância ao pó, mofo, pólen de plantas, entre outras diversas causas.
Alergia ocorre aos estímulos comuns do ambiente – elementos do ar, alimentos e medicamentos. Os principais tipos de alergia são as respiratórias – que costumam aumentar no inverno, como rinite e asma, que causam espirros, coriza, coceira nos olhos, falta de ar, chiado no peito, tosse e dores de cabeça; dermatites atópicas, com vermelhidão, coceira e descamações na pele, e alergias alimentares, que geralmente se manifestam com inchaço ou coceira nos lábios, cólicas, diarreia, vômitos e rouquidão.
Além do crescente índice de poluição, com a chegada do inverno as manifestações alérgicas tornam-se mais comuns e por isso, o Dia Mundial da Alergia tem como objetivo alertar a população quanto aos riscos provenientes da doença e os cuidados que os alérgicos precisam tomar, principalmente nesta época do ano, quando vêm à tona as alergias sazonais
De acordo com a médica, os principais fatores desencadeantes das alergias respiratórias e das dermatites atópicas são os ácaros, fungos, epitélios de animais (cães e gatos) e baratas. Já entre as alergias alimentares estão o leite de vaca, ovo, amendoim, frutos do mar, soja e nozes.
“Em todas as alergias, é importante afastar o fator causal, fazer um bom controle do ambiente e, caso necessário, tratamento medicamentoso acompanhado por um especialista e imunoterapia (vacina)”, explica Dra. Priscila. Segundo a especialista, quem tem rinite tem maior risco de desenvolver sinusite, otite, asma, distúrbios do sono e comprometimento da qualidade de vida.
“O exame clínico e uma boa conversa com o médico alergista são fundamentais para descobrir se o paciente é alérgico e de que tipo de alergia sofre. Todos os exames devem ser feitos por profissionais especializados e em ambiente adequado. Quando indicados, são importantes para diagnosticar o antígeno exato e orientar o tratamento. Em caso de dúvidas, é importante sempre procurar um especialista para avaliação e confirmação do diagnóstico, para que se possa fazer um tratamento adequado, evitar riscos maiores e também restrições desnecessárias”, conclui.
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