A criança cresceu – quarentão, Danny encabeça sequência de ‘O Iluminado’

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Ewan McGregor vive o já adulto Danny Torrance, em ‘Doutor Sono’ (Divulgação)

Praticamente sincronizada ao que seria o tempo real da vida de Danny Torrance, a sequência de “O Iluminado” chega aos cinemas quase quatro décadas após sua clássica montagem, de 1980, dirigida por Stanley Kubrick e estrelada por Jack Nicholson, brilhante na pele do perturbado Jack Torrance, que, possuído pelo assombrado Hotel Overlook – vazio e isolado durante o inverno nas montanhas do Colorado –, tenta matar a mulher e o filho.

Danny Torrance, “O Iluminado” que dá nome ao romance lançado em 1977 por Stephen King e à sua adaptação cinematográfica, acaba, graças a seu dom, escapando do pai (matando-o, com a ajuda da mãe), mas não de sua herança maldita. 

Em “Doutor Sono”, concluído por King em 2013 e trazido agora às telonas sob a direção de Mike Flanagan (“Hush”, “Ouija – A Origem do Mal”), Danny é, de fato, o protagonista, que herdou do pai o alcoolismo, além do trauma envolvido, enquanto sua mãe, Wendy, ainda sofre sequelas da tentativa de homicídio familiar. 

Aos quarenta e poucos anos, após conseguir parar de beber, Danny Torrance, interpretado por Ewan McGregor (de “Trainspotting”,  falado em adictos) recobra com força sua atividade paranormal, que havia sido coberta pela névoa de porres e ressacas. Ele, então, estabelece contato telepático com uma adolescente, também iluminada, e descobre que precisa salvá-la de uma gangue de seres quase-imortais, os quais pretendem sequestrá-la para alimentarem-se eternamente de seu brilho.

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Até o espírito de Jack Torrance aparece na sequência, após uma emboscada à  jovem, Abra Stone (Kyliegh Curran), novamente em um point de férias no Colorado. 

A trama acontece enquanto Danny trabalha em um hospital, usando seu dom no auxílio a pacientes psiquiátricos terminais, os quais descobre que estão para morrer com a ajuda de um gato paranormal que costuma acertar quem é a bola da vez. 

Curiosamente, essa ideia não foi fruto de uma imaginação doentia, mas de uma notícia real, que inspirou o escritor. Tratava-se de Oscar (logo que nome…), um gato que, em 2005, virou assunto do “New England Journal of Medicine” por supostamente prever qual paciente seria o próximo a morrer, em um hospital para pacientes de Parkinson, Alzheimer e outras doenças degenerativas, em Providence, Rhode Island – mais ou menos as premonições que, com muito mais leveza, seriam atribuídas cinco anos depois ao polvo Paul, o qual acertou todos os vencedores da Copa do Mundo de 2010.

“Pensei comigo mesmo: ‘Eu quero escrever uma história sobre isso!’. Então, fiz a conexão com Danny Torrance, como um adulto, trabalhando em um hospício”, explicou, à “Entertainment Weekly”, o escritor. “ O gato tinha de estar lá. Ele (…) foi a transmissão e Danny foi o motor”, acrescentou Stephen King, que, desde “Carrie, a Estranha”, escrito em 1974 e filmado em 1976, por Brian De Palma, vem sendo o autor de suspense mais adaptado para o cinema em grande circuito.

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Cinema

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Mais estreias desta quinta, 7 de novembro:

Ventos da Liberdade

Semelhante a fatos reais, mas com um argumento de ficção, este filme alemão chega ao Brasil junto aos 30 anos da queda do Muro de Berlim, ambientado uma década antes. É durante o verão de 1979, quando uma família monta um balão caseiro para tentar fugir da Alemanha Oriental para a Ocidental, mas entra em risco quando um tempo instável a obriga a fazer um pouso forçado e entra na mira da polícia local. 

Parasita

Na Coreia do Sul, uma família que está toda desempregada, vivendo em um porão sujo e apertado, tenta se infiltrar na casa de outra família, rica, depois que seu filho adolescente começa a dar aulas de inglês para a filha deles. Dirigido pelo aclamado Bong Joon-ho.

Retablo

Premiado filme peruano, e coprodução com Alemanha e Noruega. Dirigido por Álvaro Delgado-Aparicio, parte da viagem, para um festejo nos Andes, de Segundo Paucar (Junior Bejar) um menino de 14 anos que quer seguir os passos do pia, pai Noé (Amiel Cayo) e se tornar o melhor montador de caixas de brinquedo.

Cadê Você, Bernadette? 

Cate Blanchett vive a arquiteta que sofre de agorafobia (medo de lugares abertos ou multidões) e some antes de uma viagem à Antártida. A partir daí, sua, filha começa a procurá-la, neste comédia dirigida por Richard Linklater.

O Relatório

Em 2007, a serviço da  senadora Dianne Feinstein (Annette Bening), o agente Daniel J. Jones (Adam Driver) investiga denúncia sobre destruição de gravações de interrogatórios que a CIA teria feito através de tortura, sob o pretexto de proteger a segurança nacional após o atentado de 11 de setembro de 2001.

Link Perdido

Chris Butler dirige a animação que tem vozes de Zach Galifianakis, Zoe Saldana e Hugh Jackman, que faz do protagonista, Sir Lionel Frost. Sem ser levado a sério por seus colegas, esse investigador tenta provar a existência de um ancestral primitivo do homem, conhecido como o Link Perdido, para ganhar o sonhado reconhecimento.

Mama Colonel

Documentário de Dieudo Hamadi sobre Honorine Munyole, coronel da PM da República Democrática do Congo (antigo Zaire). À frente da unidade de proteção a menores e combate à violência sexual, ela percorre sobre as dificuldades do trabalho em um país imerso em guerras civis e ameaçado pelo avanço do terrorismo islâmico.

Meu Amigo Fela

O brasileiro Joel Zito Araújo dirige este documentário sobre Fela Kuti, através de conversas com Carlos Moore, seu amigo pessoal e biógrafo oficial. Eles traçam um olhar sobre as influências e o contexto histórico e cultural da carreira do compositor, cantor e multi-instrumentista (saxofonista, principalmente) nigeriano que despontou nos anos 1970.

Bate Coração

Comédia sobre um machão sofre um ataque cardíaco e, precisando de um transplante, recebe o coração de um travesti, que atendia por Isadora e acabara que morrer em um acidente.

Teatro

Estreias

Embarque imediato

O pai, Antonio, e o filho, Rocco Pitanga, atuam nos papéis de um velho africano e um pesquisador brasileiro que se conhecem em um aeroporto internacional e dão início a um diálogo sobre história, identidade e cultura. Marcio Meirelles dirige o texto de Aldri Anunciação. 

Teatro Poeira. Rua São João Batista 104, Botafogo. Tel.: 2537-8053. Quinta a sábado, às 21h. Domingo, às 19h. Entrada: R$ 60 (inteira) / R$ 30 (meia). Até 22 de dezembro.

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Antonio e Rocco Pitanga, pai e filho em ‘Embarque imediato’ (Leto Carvalho/Divulgação)

Noite do sorriso negro

Texto: criação coletiva. Direção:. Com Fabio Freitas, João Carlos Artigos, Verônica Pereira Gomes e Vilma Melo.

Imagens, música e dança trazidas e influenciadas pelos africanos trazidos como escravos são o mote desta pela de criação coletiva, com  Fabio Freitas, João Carlos Artigos, Verônica Pereira Gomes e Vilma Melo, sob direção de João Carlos Artigos. Na montagem, eles tentam diluir a divisão entre palco e plateia.

Sesc Copacabana (Teatro de Arena). Rua Domingos Ferreira 160, Copacabana. Tel.: 2547-0156. Quinta a domingo, às 19h. Entrada: R$ 30 (inteira) / R$ 15 (meia, válida também para quem levar 1kg de alimento não perecível). 70 minutos. Não recomendado para menores de 12 anos. Até 24 de novembro. 

O despertar da primavera

A dupla Charles Möeller e Claudio Botelho dirige Bel Kutner, Augusto Zacchi, Rafael Telles e outros em sua adaptação do musical de Frank Wedekind, com texto de Steven Sater, sobre o encontro explosivo entre o jovem rebelde Melchior e a bem educada menina Wendla, na Alemanha do final do século XIX.

Teatro Net Rio. Rua Siqueira Campos 143, sobreloja, Copacabana. Tel.: 2147-8060. Sexta, às 20h. Sábado e domingo, às 19h. Ingressos entre R$ 25 e R$ 150.  

Shows

Nesta quinta, 7 de novembro:

João Cavalcanti

O cantor mostra composições próprias, de Martinho da Vila e Sérgio Sampaio, entre outros.

Dumont Arte Bar. Praça Santos Dumont 116, Gávea. Às 21h30. Entrada: R$ 40.

MPB — A era dos festivais’ 

Acompanhada por Edu Krieger (violão) e Marcelo Caldi (teclados e acordeão), a cantora Nina Wirtti relembra músicas que marcaram festivais, como “Roda Viva”, de Chico Buarque, e “Alegria, Alegria” Caetano Veloso, entre outras.

Imperator. Rua Dias da Cruz 170, Méier. Tel.: 2597-3897. Às 20h. Entrada: R$ 50 (inteira) / R$ 25 (meia) .

Victor Mus

O cantor e compositor lança o álbum “Meus nós”.

Teatro Firjan Sesi Centro: Rua Graça Aranha 1, Castelo. Tel.: 2563-4164. Às 19h. Entrada R$ 34  (inteira) / R$ 17 (meia).

Cláudio Jorge

O cantor e violonista mostra músicas dele em parceria com Wilson Moreira (“Curiosidade”, “Doce Realidade”) e Nei Lopes (“Denise”, “Tia Eulália na Xiba”), entre outras.

Espaço BNDES: Av. República do Chile 100, Carioca. Tel.: 2172-7447. Quinta (7), às 19h. Entrada gratuita, com distribuição de senhas a partir das 18h.

Exposições

Alma do Mundo – Leonardo 500 Anos

Biblioteca Nacional (Espaço Eliseu Visconti). Rua México, s/nº (fundos da biblioteca), Castelo. Visitação: segunda-feira, das 12h às 17h; terça a sexta, das 10h às 17h; sábado, das 10h às 14h30. Entrada gratuita.

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Zanine 100 anos – Forma e Resistência

Museu de Arte Moderna. Av. Infante Dom Henrique, 85, Aterro do Flamengo (altura do Castelo). Tel.: 3883-5630. Terça a sexta, das 12h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h. Até 17 de novembro. Entrada: R$ 14 (inteira) / R$ 7 (meia). Grátis às quartas-feiras.

Carlos Vergara – Prospectiva

Museu de Arte Moderna. Av. Infante Dom Henrique, 85, Aterro do Flamengo (altura do Castelo). Tel.: 3883-5630. Terça a sexta, das 12h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h. Até 12 de janeiro de 2020. Entrada: R$ 14 (inteira) / R$ 7 (meia). Grátis às quartas-feiras.

Egito Antigo – do Cotidiano à Antiguidade

Rua Primeiro de Março, 66, Centro (em frente à Candelária). 

Tel.: 3808-2000. Quarta a segunda, das 9h às 21h. Até 27 de janeiro. Entrada gratuita.

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Jornalista especializado em versatilidade desde 1998, de polícia a política, já cobriu das eleições de 2010 à recessão econômica de 2015/2016. Colabora com o canal Rio das Artes, divulgador de cultura e entretenimento na Cidade Maravilhosa.
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