Acesso à moradia digna no Rio de Janeiro teve aumento muito baixo nos últimos anos

O índice leva em consideração 3 aspectos: população vivendo em favelas não-urbanizadas, acesso à energia elétrica e adensamento habitacional excessivo. Os dados são da Prefeitura e foram analisados pelo Instituto Rio21

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Foto de : Daniel Gurjaof

Segundo a pesquisa de Índice de Progresso Social (IPS) da cidade, feita pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e analisada pelo Instituto Rio21, o número de acesso à moradia digna alcançou apenas um pequeno aumento de 1,41 pontos entre 2016 e 2020. Enquanto o resultado de 2016 foi de 78,16; em 2020 o valor foi de 79,57. O quanto mais próximo de 100, melhores são as condições de acesso à moradia.

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Índice de acesso à moradia digna. Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro. Elaboração: Instituto Rio21

O índice de acesso à moradia digna leva em consideração 3 aspectos ao ser calculado: população vivendo em favelas não-urbanizadas, acesso à energia elétrica e adensamento habitacional excessivo. Ao observar os dados, é possível notar que a melhora do acesso à moradia digna deve-se inteiramente à redução da parcela da população vivendo em favelas não urbanizadas. Em 2016, 19,16% dos residentes do Rio vivam em favelas não urbanizadas. Em contraste, em 2020 esse valor caiu para 14%, uma queda de 5,16 pontos percentuais.

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Proporção da população total vivendo em favelas não urbanizadas. Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro. Elaboração: Instituto Rio21

Já os indicadores de acesso à energia elétrica e adensamento habitacional excessivo se mantiveram estáveis. A Prefeitura do Rio de Janeiro considerou que 93,95% dos domicílios possuíam energia elétrica nos anos de 2016, 2018 e 2020. Semelhantemente, consideraram que 5,88% dos domicílios tinham mais de três moradores por dormitório nos anos de 2016, 2018 e 2020.

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Proporção de domicílios com mais de três moradores por dormitório e proporção de domicílios nos quais há energia elétrica de companhia distribuidora. Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro. Elaboração: Instituto Rio21

A estabilidade dos indicadores de acesso à energia elétrica e adensamento habitacional excessivos não representa a realidade. Os valores foram mantidos constantes ao longo do tempo por falta de dados. Essas informações são obtidas através do Censo e o último levantamento foi realizado em 2010. É essencial que esses dados sejam atualizados para orientar o desenho de políticas públicas“, destaca Carolina Carvalho, assistente de pesquisa do Instituto Rio21.

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Além disso, a pesquisa indica que a região administrativa com o pior índice de acesso à moradia digna em 2020 foi o Jacarezinho, com uma nota de 21,52. Em seguida, está Rocinha e Complexo do Alemão, que receberam, respectivamente, as notas 37,80 e 39,64. Por sua vez, Botafogo foi a região administrativa que registrou maior índice de acesso à moradia digna. Com uma nota de 99,07, quase alcançou a nota máxima de 100. 

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Índice de acesso à moradia digna por região administrativa em 2020. Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro. Elaboração: Instituto Rio21

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