Água captada pela ETA Guandu atinge qualidade para banho e pesca

Qualidade da água atinge níveis históricos e beneficia abastecimento de 10 milhões de pessoas no Rio

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Foto: Luis Alvarenga

Lagoa Grande, em Nova Iguaçu, responsável pela captação de água bruta da Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, recuperou os padrões de balneabilidade exigidos pela Resolução CONAMA nº 274 de 2000. Isso significa que a população poderá voltar a nadar e pescar no local com segurança, de acordo com os mesmos critérios utilizados para avaliar a qualidade das praias.

A conquista se deve aos investimentos da Cedae em parceria com o Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea) para reduzir a poluição e revitalizar a fauna local. Os resultados foram observados nos últimos meses e se tornaram ainda mais evidentes na semana passada, durante a parada anual do Guandu, quando pescadores registraram um aumento significativo na quantidade e variedade de peixes.

“Tem tucunaré, jundiá, traíra, curimatã, camarão, tilápia; tem muita fartura. O bom é que o peixe de água limpa está de volta. Isso quer dizer que a lagoa está boa de novo”, comemora o pescador Vitor Ambrosioni, 41 anos, morador da região.

A melhoria na qualidade da água também impacta positivamente o trabalho da ETA Guandu, responsável pelo abastecimento de cerca de 10 milhões de pessoas na capital e Região Metropolitana do Rio. “Com a melhora na qualidade da água bruta, a estação reduz custos operacionais, usa menos produtos químicos e aumenta a eficiência do tratamento. Isso reforça o compromisso da Cedae com a sustentabilidade e a preservação dos ecossistemas locais, gerando ganhos sociais, ambientais e econômicos”, afirma o diretor-presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon.

Redução de custos e preservação ambiental

A Cedae já vem adotando medidas para reduzir o uso de produtos químicos, com ganhos financeiros e ambientais, sem comprometer a qualidade da água. Em um único trimestre, a Companhia deixou de usar o equivalente a 5,4 mil toneladas de produtos químicos nos sistemas Guandu e Imunana-Laranjal, gerando uma economia estimada em R$ 100 milhões por ano.

Ações para recuperação da Lagoa Grande

As ações para recuperação da Lagoa Grande tiveram início em 2021, com a instalação de bombas que transportam água do fim do rio Guandu até a Lagoa Maior, aumentando o fluxo de renovação e diminuindo a temperatura da água em 5ºC. Essa medida eliminou o risco de proliferação de cianobactérias, como a geosmina, que altera o gosto e o cheiro da água.

Em 2022, em parceria com a Secretaria Estadual do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e o Comitê Guandu-RJ, a Cedae construiu a Unidade de Tratamento de Rio (UTR) no Rio Queimados, afluente do Rio Guandu. A UTR utiliza microbolhas para remover quase 100% do fósforo da água, principal nutriente das algas.

A Cedae também intensificou o monitoramento da qualidade da água e investiu em novas tecnologias e métodos de análise. “Teve bombeamento, dragagem… Hoje em dia a água está limpa, está uma maravilha, só tem mesmo o barro que é da natureza. Eu voltei a ver futuro, tenho esperança de viver da pesca e aproveitar a lagoa”, declara um pescador local que, nos últimos anos, precisou trabalhar em obras devido à escassez de peixes na região.

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