Ahhhh, o Carnaval!

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“Minha alma canta, vejo Rio de Janeiro,
estou morrendo de saudade!
Este samba é só porque Rio eu gosto de você,
a morena vai sambar, seu corpo todo balançar…”
Tom Jobim

Rio de Janeiro

E foram com essas palavras, com essa música que o maestro soberano, Tom Jobim, fez sua “pequena” homenagem à cidade maravilhosa que ficou eternizada na história da música popular brasileira (sem mencionar suas outras músicas que abordam o tema Rio constantemente, né).

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Quis abrir o artigo com esta música porque certa vez, quando a Varig ainda era uma empresa de aviação de prestígio (saudades desses tempos – me sentindo alguém de idade extremamente avançada agora), estava retornando de uma viagem internacional onde havia morado por quatro anos em um país completamente diferente, com uma cultura completamente diferente; enfim, quando anunciaram pelo microfone que estávamos chegando ao Rio de Janeiro, essa música do Tom começou a tocar no avião (o nome da tal é “Samba do Avião” no fim das contas) e pude ver que não fui o único brasileiro a chorar e me emocionar com a situação, a música e a vista da cidade maravilhosa. O mar reluzente, o céu azul se perdendo no horizonte – foi de arrepiar!

Não é a toa que turistas ficam loucos com o nosso país, e com o Rio principalmente – favelas e mazelas a parte – o Rio é sim uma cidade linda e repleto de pontos turísticos incríveis para quem tem espirito de aventureiro. Tá certo que para os moradores, esses pontos turísticos chegam a ser caros, mas para os turistas ter a chance de visitar uma das maravilhas do mundo não tem preço (mesmo que tenha – e muito – de fato).

O nosso carnaval então, nem se fala! Quantos não dariam para ter a chance de ficar num camarote no Carnaval e ver o desfile de escolas de samba mais famoso do mundo? Conseguindo barrar a belíssima festa de Veneza, o Carnevale que foi raiz para os entrudos que originariam o nosso Carnaval?

Em tempos de manifestação, e veja bem, não estou desmerecendo as manifestações (muito pelo contrário), até porque acredito piamente que devemos lutar pelos nossos direitos sim e ir às ruas carregando todos os cartazes necessários para sermos ouvidos; mas nesses tempos parece que não entendem que nossa revolta é porque vivemos numa cidade tão linda (claro que sempre pode melhorar), cidade esta que foi musa dos melhores artistas, sejam poetas, compositores, pintores – e que puxa, ninguém parece cuidar dela! Desse nosso berço amarelo, verde e azul. Temos a chance de morar aqui, somos moradores do Rio de Janeiro, Rio quarenta graus, purgatório da beleza e do caos. E temos o pior governo do mundo.

“O Rio é uma cidade de cidades misturadas”, faça uma viagem de ônibus para ver os cenários mudando e como mudam de forma brusca, como vários trailers de gêneros diferentes no cinema. Esse é o Rio de Janeiro.

Ao dizer para amigos alemães que era carioca do Rio de Janeiro todos me fitaram com aquele ar de curiosidade mortal – ser “brazillian” não basta, ser carioca é o sucesso – e então me olhavam como se estivessem observando um bicho completamente exótico e impossível de domar; e eles estão certos, carioca é exótico, é tranquilo e não vive sem Sol. Carioca não usa coleira, tem espírito livre. Carioca que é carioca adora um mato. Claro que nem todos os cariocas da gema são assim e que estou generalizando, mas em sua grande maioria, nas palavras de Adriana, Cariocas são bonitos, bacanas e não gostam de sinal fechado; e não diga que eu não avisei!

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