A novela sobre a suspeita do pré-candidato do PMDB, Pedro Paulo, ter batido em sua esposa em 2010 não vai sumir até as eleições. Em O Globo deste domingo uma matéria comenta sobre a acusação, que mostra que o prefeito Eduardo Paes (PMDB) vem feito de tudo para minimizar o desgaste em seu pupilo, inclusive desafiando a Lei Eleitoral. Até aí nenhum problema, nossa lei eleitoral parece detestar campanha.
O problema é uma nota emitida pelo prefeito do Rio e publicada na matéria:
“É um tema da vida privada, já superado e esclarecido, que não atrapalha a candidatura. Eu e o PMDB seguiremos fazendo campanha para o Pedro Paulo, que é definitivamente o melhor para o Rio e quem melhor representa as conquistas do partido na cidade. O resto é fofoca de adversários que já perceberam a força da candidatura de Pedro Paulo, que vencerá as eleições”
Mas aqui precisamos deixar algo bem claro, violência contra a mulher não é um tema da vida privada. Pensar assim é ir contra todo o avanço das lutas femininas nas últimas décadas.
Vida privada, em minha humilde opinião, é se ele trai ou não a esposa, o que eles fazem entre quatro paredes, isso é entre eles. Se a esposa começou a briga, ou não, isso pouco importa, um cavalheiro, um homem de verdade, simplesmente iria embora, esperaria se acalmar mas nunca, NUNCA, bateria, não na mãe de seus filhos.
Tinha para mim que na eleição Pedro Paulo era o melhor candidato, levando em conta todos os outros. Era praticamente meu voto, especialmente se estes forem os candidatos a prefeito do Rio em 2016. Mas não posso em sã consciência votar em um homem suspeito de agredir a mãe de seus filhos.
