Alerj debate políticas públicas de fortalecimento do Fundo da Criança e do Adolescente

Três eixos devem ter prioridade na aplicação do dinheiro do Fundo, para financiar políticas públicas: a primeira infância, à guarda e à área socioeducativa

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Foto: Rozana Lopes/Diário do Rio

A Frente Parlamentar em Defesa da Família, da Adoção e da Primeira Infância, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), presidida pela deputada Tia Ju (Republicanos), realizou reunião nesta quarta-feira (27/10) com o objetivo de discutir políticas públicas voltadas ao fortalecimento do Fundo da Criança e do Adolescente. Representante da Coordenadoria Judiciária da Vara da Infância, Sérgio Luiz Ribeiro de Souza reforçou não apenas essa questão do Fundo, mas destacou a importância do Conselho dos Direitos da Criança:

“O Conselho é uma ferramenta para estabelecer as políticas públicas implementadas e que serão subsidiadas com os recursos do próprio Fundo”.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, pessoas jurídicas podem doar até 1% do imposto sobre a renda apurada com base no lucro real. Já as pessoas físicas podem transferir até 6% do imposto sobre a renda verificada na Declaração de Ajuste Anual, de acordo com o artigo 22, da Lei nº 9.532/1997.

“Se todas as pessoas físicas do município doassem 6% do Imposto de Renda, a doação em potencial seria cerca de R$ 1 bilhão. Mas a doação real em 2019, por exemplo, foi de R$ 790 mil. Só conseguimos 0,07% de doações de pessoas físicas para o fundo da Vara e da Infância. Tem municípios que não conseguem receber um centavo”, informou Sérgio de Souza

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Segundo foi tratado na reunião, três eixos devem ter prioridade na aplicação do dinheiro do Fundo, para financiar políticas públicas voltadas à primeira infância, à guarda e à área socioeducativa. O Fundo da Criança e do Adolescente pode receber recursos orçamentários, além das multas das Varas da Infância e Juventude e das doações via Imposto de Renda.

A Promotora de Justiça da Infância e Juventude de Itaguaí, Dra. Fernanda Ottoni, disse que os conselhos de direito precisam ser capacitados no tema da infância:

O conselho precisa fazer esse diagnóstico vinculando a esses três eixos”.

A deputada Célia Jordão abordou as dificuldades enfrentadas pelos conselhos dos pequenos municípios.

Não existe uma diversidade, um número de entidades que sejam específicas de uma determinada área e muitas vezes a mesma pessoa compõe vários conselhos”, observou.

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro (CMDCA-RIO), Erica Arruda, afirmou que há R$ 14 milhões no Fundo da Criança, e que um edital está sendo criado para que esses recursos sejam utilizados pela sociedade civil em deliberação do Conselho Municipal.

Cerca de 70% do valor do fundo será utilizado em ações das instituições da sociedade civil, e as linhas de ações são a primeira infância, guarda subsidiada, apadrinhamento, enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes, trabalho infantil e a capacitação, que também é uma linha de ação. Montar uma escola de conselhos está sendo uma de nossas metas. O plano de aplicação já existe e o decreto do OCA também está pronto”, informou Erica.

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Costa do mar, do Rio, Carioca, da Zona Sul à Oeste, litorânea e pisciana. Como peixe nos meandros da cidade, circulante, aspirante à justiça - advogada, engajada, jornalista aspirante. Do tantã das avenidas, dos blocos de carnaval à força de transformação da política acreditando na informação como salvaguarda de um novo tempo: sonhadora ansiosa por fazer-valer!
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