Alerj instala Frente Parlamentar em Defesa do Setor Varejista do Estado do Rio

Em 2020, foram 6 mil estabelecimentos com atividades encerradas, no Rio, sendo o setor de vestuário o mais atingido, com 2 mil lojas fechadas

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Alerj instaura a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Varejista / Foto: Júlia Passos

A Frente Parlamentar em Defesa do Setor Varejista do Estado do Rio de Janeiro foi instalada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quarta-feira (06/04). Representante de um setor que gera 70% dos postos de trabalho no estado, a Frente tem como objetivo criar um cenário mais favorável ao segmento que mais sofreu durante a pandemia de Covid-19. Encabeçada pelo deputado Marcelo Cabeleireiro (DC), a Frente Parlamentar contará ainda com as atuações do presidente da Casa, deputado André Ceciliano (PT), e da deputada Franciane Motta (União Brasil).  Os deputados Martha Rocha (PDT) e Alexandre Freitas (Pode) também participaram da reunião.

O deputado Marcelo Cabeleleiro comentou, durante a instalação da Frente Parlamentar, que o Rio de Janeiro está em posição de desvantagem fiscal diante de outros estados da federação, o que resulta em baixa competitividade empresarial e pouca capacidade de geração de emprego e renda.

“Atualmente temos vários estados que dão vantagem para indústrias enquanto nós estamos perdendo empresas. Temos uma guerra fiscal entre os estados e entre os municípios, e precisamos fazer um trabalho diferenciado para o comércio varejista e reduzir impostos para que o estado seja competitivo. A partir do momento em que não criamos postos de trabalho e não fomentamos a economia, todos os setores vão à falência. É preciso valorizar quem emprega no Rio”, afirmou o deputado.

Já a deputada Franciane Motta afirmou, a partir da sua experiência como natural da cidade de Saquarema, na região dos Lagos, que o comércio local é de extrema importância para o crescimento do estado e para o beneficiamento da comunidade onde está estruturado.

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 “Minha cidade de Saquarema é turística, mas não tem um turismo muito forte. Acredito muito nesse setor para gerar emprego às pessoas para fortalecer o município e toda a Região dos Lagos”, disse a deputada.

Durante a reunião de instalação da Frente Parlamentar foi apresentado um levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o qual verificou que o Rio de Janeiro foi o estado onde houve o maior fechamento de lojas em 1 ano. Em 2020, foram seis mil estabelecimentos com atividades encerradas, sendo o setor de vestuário o mais atingido, com duas mil lojas fechadas. Ainda de acordo com o estudo da CNC, 7% de todas as lojas do Rio fecharam as portas. No período compreendido, entre 2014 e 2020, o estado registrou o encerramento das atividades de quase 32 mil lojas, o número representa 28% do comércio no Rio.

O secretário executivo da Fecomércio, Natan Schiper, ressaltou que, apesar de todos os esforços feitos pelo governo do Rio, a recuperação econômica está sendo lenta. A pandemia gerou um série de desafios, especialmente ao varejo, que deverão ser superados com muito trabalho.

 “Desde o início de 2020, muitas empresas fecharam e a recuperação econômica está difícil. O comércio é o maior empregador do Rio e ele traduz o suporte das famílias, pois o empregado traz consigo quatro pessoas em média. Por isso precisamos tratá-lo com vantagens”, explicou Shiper.

Já o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDL) do Rio, Marcelo Merida, afirmou que o excesso de burocracia no ambiente de negócios do estado gera um cenário hostil para o empreendedor. Para ele, o varejo é um segmento prioritário, uma vez que representa a porta de entrada para o mercado de trabalho para muitas pessoas.

“O varejo é a porta de entrada do primeiro emprego, então temos um papel social importante dentro dessa conjuntura econômica. O Estado do Rio, no trato com o microempresário, precisa entender que as obrigações acessórias estão além das necessidades do contribuinte. A desburocratização é uma pauta que não pode sair do nosso radar, pois hoje o Rio é um ambiente hostil para o empreendedor”, afirmou Marcelo Merida.

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