Alerj investiga a Enel, empresa que fornece energia elétrica em 66 municípios do Estado, por maus serviços

Uma CPI foi instaurada para avaliar a situação da concessionaria com o Estado; deputados alegam que a falta de serviço da Enel afeta a economia

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Foto: Divulgação

A CPI da Energia Elétrica foi instaurada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e vai apurar os maus serviços prestados pela concessionária Enel vai avaliar providências a serem tomadas quanto à renovação da concessão, que expira em 2026.

A concessionária Enel assumiu, em 2017, o fornecimento de energia elétrica em 66 dos 92 municípios do Estado.

A Enel vem sendo acusada de não ter realizado investimentos necessários para melhorar seus serviços, principalmente no Noroeste Fluminense, afetando a economia e a vida de cidades como Itaperuna.

Na semana passada, representantes da Enel disseram na Alerj que a empresa investiu R$ 267 milhões nos últimos quatro anos nessa região. Os deputados não acreditaram nos números e consideraram a prestação de contas genérica e inespecífica.

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O presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), questionou a falta de resultados das ações da empresa. Apoiado nos depoimentos de empresários e produtores rurais, o deputado ressaltou que a má qualidade dos serviços da concessionária tem causado enormes prejuízos ao desenvolvimento econômico do Estado.

O presidente da CPI, o deputado Rodrigo Amorim (PTB), acusou a empresa de agir com falta de transparência. “Queríamos fazer uma avaliação técnica, apurar profundamente, mas nos apresentaram números vagos e soltos. Fico constrangido com o papel que estão fazendo. É uma tentativa de imposição de marketing apenas”, criticou o deputado.

O diretor de Relações Institucionais da Enel, Guilherme Brasil Freitas, afirmou que, além dos R$ 267 milhões aplicados nos municípios do Noroeste, a concessionária pretende investir mais R$ 50 milhões este ano. Ele ainda alegou que, nos últimos quatro anos, houve redução de 42% na quantidade de horas de interrupção do serviço na região.

O diretor-geral da Alerj, Wagner Victer, que é engenheiro e ex-secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Estado do Rio, sugeriu que a CPI recorra ao apoio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “A Enel tem que passar por inspeções regulares da agência reguladora. A CPI poderia requisitar inspeções extraordinárias da Aneel nas instalações do Noroeste fluminense”

A proposta foi acolhida pelos membros da CPI que também vão solicitar à agência a descrição detalhada dos investimentos realizados pela Enel desde o início da atuação da empresa.

As informações são do site Diário do Porto.

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1 COMENTÁRIO

  1. daqui a pouco será a CPI da prestação de serviços de agua/saneamento recém privatizado. brasil indo na contramão dos demais países, que viram que a terceirização deste setores estratégicos não funciona.

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