A deputada estadual Alana Passos (PSL) conseguiu reunir, nesta terça-feira (31/08), as 24 assinaturas necessárias para a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que vai investigar a concessão de gratificações de encargos especiais pelo Governo do Rio (GEEs).
As famosas GEEs são bônus que engordam os salários de servidores, principalmente dos apadrinhados de políticos. Só em 2020, o governo desembolsou mais de R$ 1 bilhão com as gratificações. Neste ano, o aumento dado em cargos de comissionados já passa de R$ 500 milhões.
“É preciso abrir a caixa-preta da farra dessas gratificações. Não somos contra a valorização de servidores, mas é preciso ser justo e não usar a bonificação como instrumento para obter apoio eleitoral“, defende Alana Passos.
Apesar dos altos valores, o governador Cláudio Castro (PL) segue autorizando aumento nesses gastos. Em abril, a Secretaria Estadual da Casa Civil alegou aumento de trabalho e pediu mais R$ 600 mil para o pagamento de verba extra para funcionários do estado. Em 6 de maio, foi pedido mais R$ 330 mil e, em 12 de maio, mais R$ 244,7 mil. Ao todo, foram antecipados mais de R$ 1 milhão por mês.
Para tentar dar mais transparência à destinação das gratificações, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou que a pasta retire o sigilo de processos sobre a concessão de gratificações de encargos especiais.
“A Alerj precisa investigar esses bilhões gastos com gratificações e os critérios para as concessões. Por isso, além de reunir apoio para a CPI, apresentei um projeto de resolução para levar a discussão ao plenário de qualquer forma“, acrescenta a deputada.
Enquanto servidores não tem reajuste, todos os contratos são reajustados e terceirizados, portanto, tem reajuste de seus salários todos os anos.
Resultado: tem terceirizado ganhando até próximo, ou mais que servidores seja comissionados ou concursados, inclusive, apesar da deficiência, ou mesmo falta, de conhecimento, eis que não aprovado em prova.
Uma coisa é fato. Esse bônus nem todos os servidores recebem. É apenas uma íntima parcela e muitos deles indicados, pois a gratificação é somente por indicação das chefias, que, lógico, favorecem os seus indicados a ocupar postos e bem restrito ao grupo de puxa-sacos.
Dizer que GEEs engordam o salário é coisa de cretino fdp
Isso porque os servidores do estado estão há 6 anos sem reajuste pela inflação (reajuste não é aumento de salário e todo empregado, público ou privado, tem direito) – à exceção dos policiais e agentes penais, e ainda PM’s que ainda foram poupados da reforma da previdência que aumentou a contribuição para 14%.
E a tal gratificação (GEED) nem chega a 900 reais.
Tá mais do que na hora de rever tantos bônus, aliás essa reforma da Alerj, isso nao era hora.