Alexandre Campello, o pior presidente da história do Vasco, quer venda do clube; Jorge Salgado, o segundo pior, lava as mãos

Opinião do colunista Mario Marques sobre o atual momento do Club de Regatas Vasco da Gama

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Respectivamente, Alexandre Campello e Jorge Salgado - Foto: Marcelo Baltar/GE

Alexandre Campello, o pior presidente da história do Vasco, declarou, numa live neste sábado (21), que o clube precisa ser vendido. ”Tem que transformar em clube-empresa e vender”, disse.

Eleito em janeiro de 2018, sem nenhum voto, numa manobra em segundo turno com o comando do candidato derrotado Eurico Miranda e do dirigente Roberto Monteiro, Campello ficaria em quarto lugar no primeiro turno naquele pleito, não chegando a 400 votos de um total de pouco mais de 4.000. Mas foi içado pelo empresário Julio Brant a vice na reta final, compondo a chapa que venceria o primeiro turno nas urnas.

Pinçado pela ganância, abandonou Brant e virou presidente ilegítimo entre os conselheiros, instituindo um golpe que levou beneméritos e grande beneméritos a tirar Brant do poder e levar Campello à presidência, a única vez na história do Vasco em que não se legitimou o presidente eleito pelo voto dos sócios.

Esse pequeno resumo, um episódio recente que manchou para sempre a democracia da instituição, explica a situação dramática pela qual passa o clube nesse momento, com 28 pontos e em décimo-primeiro lugar na série B.

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Historicamente, as eleições do Vasco sempre foram mambembe. Compra de votos, associações ilícitas, manobras escusas, o clube nunca teve eleições transparentes. E, em nome de um processo limpo, em 2020 deu-se mais um desastre. Envolto em mais um capítulo na Justiça, o Vasco teve sua eleição decretada na noite anterior, impossibilitando a mobilização das chapas e marcada por uma total desorganização.

Numa contagem de votos sem a presença de todos os candidatos, decretou-se a vitória do empresário LevenSiano. Logo depois, a Justiça cancelou o pleito eimpôs data para uma nova eleição, uma votação online com a participação apenas das chapas de Jorge Salgado e Julio Brant. Salgado venceria dessa vez. Mas a lista de sócios votantes nunca foi divulgada. O Vasco viveria, novamente, tempos sombrios.

Com mais de 20 milhões de vascaínos, a quinta torcida do país, o Vasco vive hoje uma administração à base de planilhas de excel e PowerPoint. Incapaz de montar um elenco decente e dar respostas efetivas, Salgado é o presidente mudo. Com toda crise pela qual o Vasco passa na série B, falou em público apenas uma vez, na semana passada, dando as mesmas desculpas de sempre, herança maldita, dívida milionária,blablabla.

Os vascaínos esperavam o que uma torcida que faz pix vultosos quando o clube precisa anseia: que o Vasco dispense uns 10 bondes e contrate ao menos três craques para salvar o time dessa situação. Mas o diretor de futebol, Alexandre Pássaro, indicado pelo empresário Carlos Leite, disse claramente na live de Salgado que “não haverá salvadores”. Após a derrota para o Operário por 2 a 0 no sábado, o técnico Lisca disse nas entrelinhas, entretanto, que exigirá reforços ao executivo de futebol, que até agora não mostrou ao que veio.

O empresário Jorge Salgado assumiu o Vasco na reta final do Brasileiro 2020-2021, bancando a contratação, em consonância com Campello, do técnico Vanderley Luxemburgo. Mas foi Campello o vilão, ao demitir o treinador Ramon em outubro de 2020, que mantinha o Vasco no meio da tabela do Brasileiro, para contratar o português Sá Pinto, sentenciando a derrocada do Vasco em 2021 para segunda divisão.

Salgado lavou as mãos naquela ocasião e parece lavar as mãos agora. Sua administração, com um marketing de orelhada e executivos de quinta linha com salários altíssimos, está diante de uma execução trabalhista da ordem de R$ 93,5 milhões, uma patacoada de Campello e Salgado. O primeiro deixou de pagar o Ato Trabalhista. O segundo deixou tudo como estava. O Vasco está, nesse momento, quase insolúvel.

A torcida quer que Salgado, Pássaro e toda a administração deixem o clube imediatamente. Nos bastidores há conversas entre LevenSiano e Julio Brant para uma união em torno de uma reviravolta que evite o Vasco de permanecer na segunda divisão. Há movimentação forte entre os sócios.

A sorte de Salgado é que São Januário não está recebendo os vascaínos nos jogos oficiais devido à pandemia. Porque senão poderíamos ver São Januário, o único patrimônio do Vasco que lembra que o Vasco é um clube de verdade, totalmente destruído. Nesta segunda-feira (23), o muro do estádio amanheceu pichado: ”Vai morrer todo mundo”. É uma manhã azeda de um ano amargo para o Vasco.

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12 COMENTÁRIOS

  1. Como vcs publicam que Jorge Salgado é o segundo pior presidente? Há 20 anos os 3 últimos presidentes roubaram e afundaram o Vasco na maior crise financeira da História, Vasco tem 835MM só em dívidas, e a culpa é do Salgado que está há 6 meses na gestão? Com Salários de todos só jogadores, funcionários e staff em dia há 4 meses? Coisa que não nunca aconteceu no Vasco? Toma vergonha na tua cara, matéria podre com narrativas distorcidas, vai fofocar no seu grupinho do Wpp… lixos

  2. O pior é o Euvírus Miranda, esses não chegam nem perto do que ele fez, aliás, Esses dois existem como presidentes por causa do Euvírus Miranda, esse sim o pior.

  3. Leven siano urgente. Eurico miranda lutou conycontra ousistema global, foi o mais vencedor dirigente do VASCO. Campelo e salgado são piada e brant o incrivel aproveitador

  4. Eu não sei de que Vasco esse jornalista está tratando. O Campello fazia parte da chapa do Brant, em 2017. Houve a cisão e cada concorreu como pode dentro do conselho. Depois as eleições de 2020 foram marcadas pela sacanagem do sr. Mussa em favor de uma eleição anti-estatutária, com uma lista que não era reconhecida por muitas chapas concorrentes, ou seja, o Vasco teve uma segunda eleição ilegal. A contagem de cédulas referente ao dia 07, teve ausência de outras chapas porque se evadiram. O próprio Cristiano, da Chapa amarela dizia a todos os cantos, dentro do restaurante, onde todos ouviram que estava na hora de acabar com as eleições…acabaram…acabaram também com o clube

  5. A eleição de 7/11/2020 foi marcada conforme o estatuto 2 meses antes em 5/9/2020. Quem entrou na justiça para não ter eleição foi o Brant. O Leven caçou a liminar em 6/11/2020 para o estatuto ser respeitado. O estatuto não prevê eleição on-line. Salgado “está presidente” por força de uma liminar que pode cair a qq momento.

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