Alexandre Knoploch: Como escolher seu candidato nessas eleições?

Eleitor deve pesquisar a fundo, muito além das redes sociais, para encontrar informações sobre o que pensa determinado político e evitar arrependimentos

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Foto: Nelson Jr./TSE

As redes sociais e os aplicativos de mensagens pesam para nada menos do que 45% da população na decisão na hora do voto, sobretudo Facebook e WhatsApp. É o que disse uma pesquisa do Instituto DataSenado com mais de duas mil pessoas, realizada em 2019. Imagine agora, no pós-pandemia, quando o ambiente virtual assumiu ainda mais relevância na vida das pessoas.

As mídias sociais são fundamentais não só para se manter informado sobre as atividades dos políticos como para interagir diretamente com eles. Porém, não podem ser a única fonte de informação para escolher um representante no Poder Legislativo ou Poder Executivo.

Dar um “Google” tampouco basta, pois os critérios do ranking dos motores de busca também são baseados nos links mais clicados, e nem sempre o que aparece primeiro é a notícia mais completa.

Em primeiro lugar, o cidadão deve refletir sobre seus valores mais importantes e se identificar com aqueles políticos que defendem esses mesmos valores. A decepção pode ser grande se o eleitor escolhe apenas pelo sorriso e por palavras bonitas, sem saber o que pensa e o que defende aquele candidato.

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O eleitor deve procurar saber o que o candidato faz da vida, além da política. A trajetória profissional e pessoal deve ser coerente com o discurso, a postura ética e a conduta perante a sociedade. Os apoiadores também costumam dizer muito do candidato.

Promessas vagas e genéricas demais, como “vou criar milhares de empregos” e “vou acabar com a violência em três meses” devem ser olhadas com desconfiança.

Se o candidato estiver tentando a reeleição, é imprescindível uma pesquisa sobre sua atuação anterior. Quais Projetos de Lei propôs e quais apoiou? Quais Leis são de sua autoria? Os setores da sociedade que ele ou ela procurou beneficiar, como crianças, deficientes, servidores ou microempresários, provavelmente, continuarão no foco desse político.

Se não achar informações suficientes, o cidadão tem todo o direito de conversar diretamente com o postulante ao cargo político e lhe fazer perguntas diretas — e a internet facilita muito esse contato, a exemplo do WhatsApp.

Além das notícias veiculadas sobre o seu candidato, pesquise também os sites da Justiça Eleitoral, da Assembleia Legislativa do seu Estado, do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados (no caso de candidatos a cargos federais).

É de suma importância para toda a sociedade que o eleitor não negligencie essa busca por informações sobre o seu representante nos parlamentos e que não o faça às pressas, somente na véspera do pleito. Afinal, escolhas importantes na vida privada e pública envolvem pesquisa e reflexão.

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