Nesta segunda-feira (13/12), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a Secretária de Conservação, Anna Laura Valente Secco, participaram de uma homenagem a Alfredo Jacinto Melo, o Alfredinho, dono do tradicional bar Bip Bip, em Copacabana. O trecho da Rua Almirante Gonçalves onde fica o estabelecimento, no lado par da via, passou a se chamar Largo do Alfredinho.
Alfredinho faleceu no Carnaval de 2019. Paes ressaltou que é um personagem carioca que precisa ser homenageado.
“O Alfredinho era um personagem dessa cidade cheia de personagens que a gente precisa homenagear. Era um homem que amava a vida, que gostava de música, de poesia e, a acima de tudo, era uma carioca de verdade“, disse o prefeito.
Para a secretária de Conservação, a homenagem a Alfredinho é o reconhecimento oficial a um ícone do Rio de Janeiro: “Alfredinho deixou sua marca na história carioca, fazendo do Bip Bip um reduto de samba e resistência política e cultural. O respeito profundo que ele tinha pelos músicos fazia dele uma figura singular e, ao mesmo tempo, muito querida”.
Além de confeccionar um totem e quatro placas, sendo duas delas indicativas de logradouro, a Prefeitura executou uma série de melhorias na Rua Almirante Gonçalves. Foram feitos serviços de tapa-buraco, limpeza do sistema de drenagem e nivelamento de tampão.
Fundado no dia 13 de dezembro de 1968, o Bip Bip nasceu no dia em que foi decretado, pela ditadura militar brasileira, o Ato Institucional nº 5. A infeliz coincidência talvez tenha dado ao bar a capacidade de engajamento político.
O nome Bip Bip foi dado no ano que o bar começou as atividades. Os fundadores admiravam os primeiros foguetes russos daquela época, então batizaram o estabelecimento da mesma forma que as criações dos soviéticos.