Alok participa de painel sobre participação indígena no cenário musical

O Alok participou evento com o projeto “Antes do Brasil da coroa, existe o Brasil do cocar”, que desenvolveu em parceria com índios

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Alok foi um dos participantes do Rio2C, um dos maiores eventos de criatividade da América Latina / Divulgação

Nesta quarta-feira (27), o maior evento de criatividade da América Latina, o Rio2C, foi palco não só das palestras de profissionais do setor, mas também das grandes filas para os painéis mais aguardados. O principal foi “Antes do Brasil da coroa, existe o Brasil do cocar”, que trouxe Alok ao lado de duas lideranças indígenas para abordar a jornada musical dos povos originários, no maior palco do evento, realizado na Cidade das Artes. 

O DJ e produtor musical foi convidado para falar sobre o tema, pois recentemente ele divulgou que lançará seu primeiro álbum, mas em vez de lançar os grandes hits mundiais que teve nos últimos anos, escolheu inovar. Alok convidou 12 tribos indígenas para gravarem cantos indígenas, e ao mesmo tempo lançar um documentário sobre a temática. No Rio2C, o DJ expôs a verdadeira intenção por trás da novidade. 

“Em 2021, eu estava em um trabalho de ayahuasca, e eu me perguntava muito sobre onde é o futuro, e tive a resposta de que ‘o futuro é ancestral’. Naquele momento, comecei a ter vários insights de que agora, finalmente, eu tinha um motivo para fazer o primeiro álbum da minha carreira, que seria inspirado nas raízes indígenas e que seria o trabalho mais importante da minha vida”, destacou Alok. 

O painel foi realizado no Global Stage, e teve como participantes o autor e produtor Marcos Nisti, fundador da Maria Farinha Filmes, que tem trabalhado ao lado de Alok no projeto. Além também de Célia Xakriabá e Mapu Huni Kuin, lideranças indígenas que compartilharam experiências e perspectivas sobre o passado, as tradições e o conhecimento dos povos. 

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A diversidade de temas foi algo que chamou a atenção da atriz Cynthia Senek, que participou dos dois primeiros dias do evento. “Eu acredito que a arte em si é o canal no qual nascem as boas ideias e a abertura de novos pontos de vista para tudo na nossa vida. Esse evento é importante para abrir e explorar novos espaços e entender que esse caminhos estão se transformando com toda entrada da tecnologia e tudo o que o evento traz”, pontuou. 

Áudio e conteúdo

Já no palco “House of Brands”, produtores de conteúdo debateram sobre “o poder do áudio na construção de narrativas”. Entre os palestrantes estavam a gerente editorial da Storytel, Mariana Rolier, a autora Jacqueline Vargas (Sessão de Terapia), o produtor executivo da Brigitte Filmes, Felipe Novaes, o diretor de TV e cinema, Charles Daves, e o CEO e fundador da WIP Ventures, Bruno D’Angelo. 

Daves, que dirigiu a série de ficção em podcast, Chloé&Valentina, contou que um dos maiores desafios de migrar do visual para o podcast foi a construção do ator. Enquanto isso, Jacqueline Vargas destacou que o feedback do áudio pode demorar um pouco mais, mas que o público sempre está mais fidelizado, pois ele se sente próximo de quem está do outro lado. 

A Brigitte Filmes comprou o projeto de um dramacast da Storytel. Esse é um caso de como o mercado tem se transformado, a ponto de uma história poder se desenrolar em vários formatos. “Acho que está acontecendo naturalmente. Se você cria uma boa história, isso chama a atenção de todo mundo, uma coisa não anula a outra. Várias histórias podem, naturalmente, sair do formato de áudio e ir para o cinema, por exemplo”, afirmou Claudio Cinelli, um dos diretores da produtora. 

Felipe Novaes reforçou que “essa sinergia está acontecendo tanto que o outro lado também está adquirindo roteiros e projetos do audiovisual, pois também funciona para o áudio. Estamos vivendo um momento de sobreposição de mídia

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Jornalista, produtora e apresentadora do podcast cineaspectos. Como amante do cinema, ficou imersa em roteiros fantásticos, conheceu a beleza dos filmes de máfia e os incompreendidos dramas europeus. Sara adora desbravar a singularidade do cinema brasileiro, e acompanha de perto os principais festivais e mostras ao redor do mundo.
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