Aluguéis caem 1,21% em março no Rio, mas acumulam alta de 9,14% em um ano

Estudo da APSA mostra queda de 1,21% nos aluguéis residenciais do Rio em março e vacância de 7,5%. Alta acumulada anual é de 9,14%.

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Imagem gerada por Inteligência Artificial

A cidade do Rio de Janeiro registrou queda média de 1,21% nos valores de aluguel residencial em março, segundo o levantamento mensal da APSA, especializada em gestão imobiliária. Apesar da retração pontual, os valores acumulam alta de 9,14% em relação ao mesmo mês de 2024. O valor médio do metro quadrado ficou em R$ 49,38, o que representa um aluguel médio de R$ 4.938 para um imóvel de 100 m².

Os bairros com maiores quedas mensais nos preços de locação foram Rio Comprido (-3,67%), Maracanã (-2,21%) e Catete (-2,10%). Por outro lado, os maiores aumentos ocorreram no Leme (10,60%), Méier (6,68%) e Laranjeiras (3,03%). A pesquisa considerou 4 mil ofertas de imóveis residenciais de 1 a 3 quartos.

Segundo a APSA, bairros como Copacabana (16,82% de aumento anual), Laranjeiras (12,84%) e Maracanã (28,45%) lideram a valorização dos últimos 12 meses. A velocidade de locação também chama atenção: imóveis em Copacabana foram alugados, em média, em 14 dias; na Barra da Tijuca, em 19; Botafogo, 22; e Tijuca, 28.

A vacância residencial — ou seja, o percentual de imóveis disponíveis para alugar — foi de 7,5% em março, ainda abaixo do intervalo considerado ideal (entre 8% e 10%). Os bairros com maior vacância são Recreio dos Bandeirantes (14%) e Barra da Tijuca e Laranjeiras (13,4%). Já os com menor taxa de vacância são Catete, Grajaú, Flamengo e Leme, todos abaixo de 2,6%.

Para o diretor superintendente da APSA e vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider, o aumento da vacância em bairros como Barra e Recreio está diretamente ligado à entrega de novos empreendimentos: “Em 2021, o metro quadrado na Barra era de R$ 43 e hoje está em R$ 73. No Recreio, passou de R$ 30 para R$ 41,68”, destacou. A APSA estima que 14,1% dos novos lançamentos até 2028 ocorrerão no Recreio e 8,8% na Barra.

“A recente queda média nos aluguéis é vista como pontual. A alta demanda por locação, impulsionada por juros elevados que dificultam a compra de imóveis, somada ao crescimento econômico e à queda do desemprego no Rio, indicam que os preços devem se estabilizar ou voltar a subir em breve”, conclui Leonardo Schneider.

Valores médios de aluguel em março por região (R$/m²):

Zona Sul

  • Ipanema: R$ 123,96 (1,28%)
  • Leblon: R$ 113,67 (0,11%)
  • Leme: R$ 72,04 (10,60%)
  • Copacabana: R$ 69,10 (1,10%)
  • Botafogo: R$ 63,52 (-0,49%)
  • Flamengo: R$ 56,23 (-0,49%)
  • Laranjeiras: R$ 52,25 (3,03%)
  • Catete: R$ 48,18 (-2,10%)

Centro

  • Centro: R$ 38,21 (-0,47%)

Zona Norte

  • Méier: R$ 23,10 (6,68%)
  • Vila Isabel: R$ 30,25 (2,62%)
  • Grajaú: R$ 27,38 (-0,99%)
  • Maracanã: R$ 35,21 (-2,21%)
  • Tijuca: R$ 33,40 (-0,59%)
  • Rio Comprido: R$ 29,99 (-3,67%)

Zona Oeste

  • Recreio dos Bandeirantes: R$ 41,68 (1,35%)
  • Barra da Tijuca: R$ 73,06 (-1,46%)

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